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Padre Kelmon defende proposta de Estado mínimo

Presidenciável promete enxugar máquina pública e atacou partidos de esquerda

Fabrício Queiroz
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Em entrevista concedida ao Grupo Liberal na manhã desta quarta-feira (28), o candidato Padre Kelmon (PTB) prometeu implantar uma reforma administrativa, caso seja eleito para a Presidência da República. Para ele, a máquina pública está inchada e o funcionalismo funciona como um “cabide de empregos”.

“O Estado suga o recurso do trabalhador. De R$ 10, 7% o Estado toma em impostos. E por que os impostos não são devolvidos àquele que está bancando os impostos, que é o trabalhador? Porque fizeram uma máquina pública com 60%, talvez 70% de funcionalismo e esse funcionalismo é pago. A folha de pagamento é muito grande”, criticou o presidenciável, que prosseguiu: “Por que o Estado está inchado? Porque fizeram apenas cabides de emprego, aparelharam o Estado, encheram de seus amigos, dos seus compadres, das suas comadres para agradar um ou outro e para manter a estrutura que dá o suporte àqueles que estão na linha de frente das administrações públicas se manterem no poder”, afirmou.

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Para o Padre Kelmon, a solução seria uma reforma administrativa para que os recursos poupados pudessem ser investidos em áreas como a saúde, a segurança e a educação. “O grande problema está na honestidade e no enxugamento do Estado, na reforma administrativa, na diminuição desse Estado grande, deixar o mínimo e fazer as coisas com muita honestidade, honrando aqueles que te elegeram”, frisou.

Padre Kelmon tem 45 anos, é natural de Acajutiba (BA) e surgiu como principal nome do PTB à corrida presidencial após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar a candidatura de Roberto Jefferson, de quem era vice na chapa. Durante cerca de 45 minutos de entrevista concedida ao Diretor Executivo de Conteúdo do Grupo Liberal, o jornalista Daniel Nardin, ele destacou pontos de sua posição política, sobretudo enfatizando sua crítica aos partidos de esquerda.

Entre os pontos abordados esteve a política de cotas para ingresso no ensino superior e a legalização do aborto.  “Esse negócio de cota só divide mais e isso faz até o outro acreditar que por causa da cor da sua pele você é superior ou inferior ao outro. Ninguém é inferior e superior, nós somos iguais, somos irmãos, porque Cristo é o nosso senhor”, declarou o candidato.

Já em relação ao aborto, Padre Kelmon defendeu que católicos e evangélicos ajam conjuntamente para barrar propostas que visam ampliar o direito à interrupção da gravidez. “Nós defendemos o dom da vida incondicionalmente. Não existe justificativa para tirar a vida de um ser inocente no ventre de sua mãe porque uma criança indefesa está apenas ocupando o ventre, mas ela é outra pessoa. Ela não é extensão da mulher. Essa é uma falácia mentirosa, manipuladora para tentar justificar algo que é injustificável”, disse.

Ao longo de toda a transmissão, o presidenciável também atacou regimes de esquerda. Em um trecho, ele relacionou a ascensão do socialismo na Rússia, no início do século XX, à morte de sacerdotes ortodoxos naquela região. “É um regime de morte”, pontuou o candidato, que também direcionou críticas aos políticos de esquerda no continente americano, citando inclusive a existência da suposta União das Repúblicas Socialistas da América Latina (URSAL).

“Eu não tenho uma visão disto. Eu estou vendo isto. É obvio. Estudem, leiam, mas com honestidade e vejam”, disse o padre que enfatizou: “Nós não podemos permitir que a esquerda manipule e escravize esse país como estão fazendo com a Nicarágua. Não se engane. Todos da esquerda estão juntos, todos formam um bloco, todos formam essa associação no Foro de São Paulo”.

Quando questionado sobre suas perspectivas para a Amazônia, o Padre Kelmon tratou da biodiversidade do solo, das águas, da fauna e da flora como ativos de interesse para a economia, como a indústria farmacêutica, por exemplo, e pregou uma postura nacionalista para a região. “Obviamente, os outros países que não tem isso vão ficar com os olhos voltados para as nossas riquezas, mas isto aqui é soberano. Isto é nosso. Isso não pertence a outras nações, mas nós precisamos valorizar a nossa soberania e cada país do mundo também deve voltar-se para a sua soberania, para os seus valores, para as suas origens e as suas raízes, para a sua história como nação e não perder tudo isso para que depois um querer invadir o outro”, afirmou.

O candidato também abordou as polêmicas envolvendo a sua candidatura, especialmente o uso de uma conta pessoal para receber doações para sua campanha. “Nós, ortodoxos, os mais pobres, não temos salario e como fazemos o nosso trabalho pastoral? Porque na minha casa bate gente pedindo comida e eu tenho que dividir daquilo que eu ganho dos outros também, da minha família, dos meus amigos”, contou ele que afirma ter sido ordenado por um bispo da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, que ainda não possui CNPJ no Brasil.

“É minha chave. Por que não está no nome ou CNPJ de uma igreja? Porque nós ainda não somos uma igreja constituída segundo as leis do Brasil. Nós estamos ainda ligados eclesiasticamente à igreja do Peru”, explicou o presidenciável que informou que já há uma equipe de advogados e contadores responsável por legalizar a atuação da denominação no país.

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