Fuga de presos em Mossoró: 'Não há prazo' para captura de fugitivos, diz Lewandowski

Ministro da Justiça e Segurança Pública também não estimou prazo para o término das investigações sobre as circunstâncias da primeira fuga registrada em um presídio federal

O Liberal
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse à imprensa no domingo (18) que não há prazo para a captura dos dois presidiários que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), na última quarta-feira (14). A declaração foi dada sob justificativa de que as áreas da região são de difícil acesso, incluindo cavernas, e que as chuvas podem apagar os rastros deixados pelos fugitivos.

“O terreno é difícil, as condições são desfavoráveis, teve uma enxurrada torrencial, que apagou rastros, portanto a questão de prazo e dias é algo que não podemos precisar”, afirmou Lewandowski, baseando-se em indicações das autoridades policiais. As investigações apontam que Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, os primeiros detentos a escapar de um presídio de segurança máxima no país, devem estar em um raio de 15 quilômetros da penitenciária.

As primeiras conclusões sobre o que teria possibilitado a fuga indicam que uma barra de ferro foi utilizada para escapar da cela, extraída de uma das paredes. Além disso, uma ferramenta encontrada em uma “construção mal administrada no presídio” teria sido usada pelos fugitivos para cortar o alambrado que cerca o presídio de Mossoró. Por isso, o ministro reiterou a declaração dada anteriormente, de que será construída uma muralha em todas as penitenciárias federais. 

Responsabilidades administrativas

Uma das investigações sobre o caso está sendo liderada pela Secretaria Nacional de Políticas Penitenciárias (Senappen) para apurar as responsabilidades da fuga dos detentos, o que pode levar a processos administrativos. A Polícia Federal, por sua vez, instaurou um inquérito para identificar responsabilidades criminais de quem possivelmente tenha facilitado o escape dos presos. O prazo legal para conclusão deste inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado. 

“Em nosso regime democrático vigora a presunção de inocência. Portanto, enquanto as investigações não terminarem, seja a que está sendo conduzida no âmbito administrativo como no âmbito policial, nós não podemos afirmar que houve conivência de quem quer que seja”, afirmou Lewandowski, em contraponto a uma fala do presidente Lula emitida horas antes, durante coletiva de imprensa na Etiópia: “teoricamente parece que houve a conivência de alguém do sistema lá dentro”, cogitou.

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