Moraes ironiza anotações encontradas com Ramagem e fala em 'querido diário' no STF
Ministro afirmou que mensagens de Ramagem eram direcionadas ao então presidente Bolsonaro e não registros pessoais

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ironizou, nesta terça-feira (9), as anotações apreendidas com o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. A fala ocorreu durante a votação do julgamento do chamado "núcleo 1" da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“O réu Alexandre Ramagem quer fazer acreditar que era um diário para ele. Uma espécie de diário, ‘meu querido diário’, disse Moraes. Ele destacou que não era razoável tratar os registros como privados, já que se tratava de mensagens direcionadas ao então presidente da República.
O ministro ressaltou que as mensagens não podiam ser comparadas a bilhetes entre criminosos comuns.“Isso não é uma mensagem de um delinquente do PCC para outro, isso é uma mensagem do diretor da Abin para o então presidente da República”, afirmou
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Segundo Moraes, as anotações demonstram que a “organização criminosa já iniciava os atos executórios” para manter-se no poder e afastar o controle judicial previsto na Constituição, além de atacar a integridade de ministros do Supremo.
Alexandre Ramagem é uma excessão do núcleo 1 de réus. Após decisão da câmara dos desputados, em maio. Assim, o parlamentar responde apenas por três crimes: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado.
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