‘Jair Bolsonaro será um líder da oposição e voltará forte para 2026’, diz Eduardo Bolsonaro
Filho do presidente afirma que não há no pronunciamento do pai o reconhecimento da derrota
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), a partir de troca de mensagens com o jornalista José Maria Trindade, da Jovem Pan, uma análise do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), realizado na tarde desta terça-feira (1º).
Segundo o jornalista, que leu a mensagem durante programa ao vivo na Jovem Pan, Eduardo Bolsonaro, que é filho do presidente, afirmou que o discurso não reconheceu a derrota e que agora deve ser pensado para o futuro, o "day after" como classificou (o dia seguinte, em inglês).
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"Não foi de fato reconhecer derrota. A porta está aberta para eventualmente vir uma irregularidade da eleição, nós podermos atuar. Não podemos perder essa bandeira. Se há algo bom para se tirar disso tudo, se é que é possível, é firmar uma bandeira por eleições transparentes", disse o deputado ao jornalista.
Para Eduardo Bolsonaro, esse foi o tom do início da fala do presidente. O deputado mencionou ainda o episódio nos Estados Unidos, quando apoiadores do republicano Donald Trump, derrotado nas eleições para o democrata Joe Biden, invadiram o Capitólio americano, em janeiro de 2021.
Há preocupação de não se repetir o Capitólio, diz depdutado
"Por isso o PR (presidente da República) no início do discurso diz que os atos em curso agora são fruto da indignação da população pela maneira como foi conduzido o processo eleitoral. Há uma preocupação de não se repetir em termos o que foi o 6/JAN dos EUA, onde um movimento desorganizado não gerou nenhum fruto a não ser dar a possibilidade dos democratas irem para a justiça pedindo responsabilização de Trump e até a sua inelegibilidade. Não queremos isso para JB (Jair Bolsonaro)", escreveu o deputado.
Conforme a mensagem enviada para José Maria Trindade, o deputado complementou ainda que "JB (Jair Bolsonaro) será um líder da oposição. Terá tempo para mergulhar nas eleições de prefeito. Fazer base. E voltar forte para 2026, por mais que ele ainda não tenha falado nada sobre isso. Mas são cogitações factíveis. É preciso que as pessoas pensem o day after", concluiu.
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