Houve afastamento entre Bolsonaro e Heleno no final do governo, diz defesa do ex-GSI

Milanez citou reportagem da revista Veja, intitulada “O melancólico fim de Augusto Heleno no governo Bolsonaro”

Estadão Conteúdo
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O advogado Matheus Mayer Milanez, que representa o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, afirmou nesta quarta-feira (3) que seu cliente se afastou de Jair Bolsonaro nos últimos anos de gestão.

Durante a sustentação oral no segundo dia de julgamento da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Milanez disse que Heleno “era contra essa política tradicional” e que o distanciamento começou quando Bolsonaro se aproximou do Centrão.

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“O general Heleno era contra essa política tradicional, a favor não de políticos de carreira, mas de pessoas que se destacassem pelo interesse na defesa nacional. Quando o presidente Bolsonaro se aproxima dos partidos do Centrão, inicia-se um afastamento da cúpula do poder. Não era um afastamento total, até porque se fosse, ele teria deixado o governo. Mas publicamente sempre foi apoiador”, afirmou o advogado.

Milanez citou reportagem da revista Veja, intitulada “O melancólico fim de Augusto Heleno no governo Bolsonaro”, e depoimentos de testemunhas, como o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para reforçar a tese de afastamento.

Segundo a defesa, esse distanciamento mostra que Heleno não atuava como “consultor” do ex-presidente, como apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O advogado também negou a participação de Heleno em uma transmissão ao vivo feita por Bolsonaro em 2021, citada pela PGR como um marco inicial da trama golpista. “Ele não se manifestou, não falou, estava mexendo no celular. Para o Ministério Público, essa seria uma forma indelével de participação. Com toda vênia, carece de força”, argumentou.

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