Setores vão propor ações para plano de reabertura no Pará
Governador Helder e representantes da indústria, agronegócio, serviços, comércio, shopping e educação discutiram, nesta quarta, estratégias para fim do lockdown
O governador do Pará, Helder Barbalho, se reuniu, nesta quarta-feira, 20, com o setor produtivo do Estado com o objetivo de definir estratégias para dar início ao afrouxamento das medidas de distanciamento social e a reabertura das atividades não essenciais. O encontro se deu por videoconferência e contou com a participação de representantes indústria, comércio, agronegócio, construção civil e outras entidades impactadas pela pandemia do novo coronavírus.
Na reunião, ficou decidido que os representantes da área comercial e os prestadores de serviços afetados pela suspensão total de atividades não essenciais, conforme determinado no decreto estadual no 729/2020, apresentem, até a próxima segunda-feira, 25, suas sugestões para um plano de reabertura das atividades econômicas nas 16 cidades que estão sob o decreto, incluindo a capital. O chamamento público com as instruções foi publicado na edição desta quarta-feira, 20, do Diário Oficial do Estado (DOE).
Estamos em reunião com representantes de diversos setores do Pará, como indústria, agronegócio, serviços, comércio, shopping, educação para discutir a retomada das atividades econômicas diante da pandemia do novo coronavírus. pic.twitter.com/czE9FcHtgc
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) May 20, 2020
Em postagem nas redes sociais, Helder Barbalho listou parte das entidades presentes.
@sistemaFAEPA @fecomerciopa @sindusconpa @advbpa @ACPPara @SistemaFIEPA @AbraselPara @conjoveacp @UfraOficial @fapespa @sebraepa
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) May 20, 2020
As propostas devem ser encaminhadas, por via eletrônica, ao gabinete da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme). As sugestões passarão por análise de uma equipe técnica e serão incorporadas, no que aprovadas, ao ato que regerá a reabertura econômica do Estado.
“A reabertura das atividades será feita da mesma forma que foi realizado o fechamento: de forma gradual, por meio de decreto, baseada em orientações da Sespa, e depois de referendadas pelo inquérito epidemiológico que vamos começar a fazer a partir da segunda-feira que vem, 25 de maio”, detalhou Helder Barbalho.
O inquérito epidemiológico será por amostragem, em municípios que apresentaram maior número de casos, e como pretende testar cerca de 30 mil pessoas a Covid-19, por amostragem, nos moldes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), terá maior margem de segurança.
Helder Barbalho adiantou ainda que, a retomada das atividades não essenciais deve ser feita de forma regionalizada, levando-se em consideração o perfil epidemiológico do avanço da Covid-19 e as medidas restritivas já adotadas.
“Na Região Metropolitana de Belém (RMB), provavelmente não haverá o prolongamento do lockdown, pois a doença chegou a um platô, e a tendência é o número se estabilizar e começar a cair”, disse o governador, adiantando que esse cenário só se confirma se a reabertura das atividades essenciais seguirem protocolos definidos no projeto “Retoma Pará”, e se os serviços essenciais, que continuam abertos, mantiverem os seus protocolos de segurança de funcionamento.
Além do governador do Estado, representaram o governo os titulares das pastas de desenvolvimento econômico, Adler Silveira, e da saúde, Alberto Beltrame. A retomada da economia, segundo o governo, está condicionada aos índices decrescentes de casos da covid-19 no Pará e as mortes provocadas pela doença. Representantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Estadual do Pará (Uepa), também participaram.
Repico
O secretário de Saúde do Estado, Alberto Beltrame, apresentou aos presentes, na abertura da reunião, o comportamento da covid-19 no Estado, revelando a tendência do aumento do número de casos no interior do Pará e da necessidade de ampliação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nesses municípios.
“O retorno das atividades econômicas precisa ser gradual e com a convicção de que não há riscos de ocorrer uma segunda onda de contaminação nas regiões onde o pico já chegou ao platô e começou a declinar, assim como estarmos preparados para o avanço da doença no interior ”, disse o titular da Sespa.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA