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Em vídeo de apoio a Trump, Bolsonaro diz que está inelegível 'sem ter cometido crime'; assista

Ex-presidente gravou e publicou, neste domingo (03.11), um vídeo em apoio ao candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump

Gabriel de Sousa / Estadão Conteúdo
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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo em apoio ao ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump. Na mensagem, divulgada no domingo (03.11), Bolsonaro disse que Trump é "a certeza de um mundo melhor" e se apresentou como um líder brasileiro que está "inelegível sem ter cometido um crime sequer".

"Em nome dos brasileiros que amam a Deus, amam o Estado de Israel, respeitam a família, a propriedade privada, o livre-comércio e a liberdade de expressão, os nossos votos de sucesso. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, inelegível sem ter cometido um crime sequer. Estamos juntos", disse o ex-presidente no vídeo de apoio a Trump. 

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Embora incomum, é possível que o eleito tenha menos votos que o adversário, como ocorreu em 2016, quando Donald Trump venceu as eleições, apesar de ter obtido 2.87 milhões de votos a menos que Hillary Clinton

Bolsonaro disse que Trump é o "maior líder conservador da atualidade" e distribuiu elogios ao líder norte-americano.

Segundo o ex-presidente brasileiro, uma eventual volta de Trump ao poder vai garantir um cenário de paz e o "retorno da liberdade".

"Em seu governo, os Estados Unidos projetavam poder. Não tivemos guerras e a paz se fez presente em todo o globo. Hoje, vemos guerras, a volta do terrorismo e a censura aprisionando a todos. A volta de Trump é a certeza de um mundo melhor, sem guerras, terrorismo e o retorno da liberdade em toda a sua plenitude", disse Bolsonaro.

O ex-presidente brasileiro está inelegível até 2030, após ser condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas. Ele sofreu outro revés no mesmo tribunal por abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada nas comemorações do 7 de Setembro de 2022.

Bolsonaro tomou uma posição diferente do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na última sexta-feira, 1° de novembro, o petista declarou apoio à vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris.

Citando o ataque golpista promovido por apoiadores de Trump no Capitólio em 6 de janeiro de 2021, durante a contagem de votos do Colégio Eleitoral para formalizar a vitória eleitoral de Joe Biden, Lula afirmou que Kamala é a melhor escolha para o fortalecimento da democracia do país.

"A Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia nos EUA", disse o presidente brasileiro em entrevista ao canal de TV francês TF1. "Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que era impensável de acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como um modelo de democracia. Esse modelo ruiu", completou Lula.

A eleição nos Estados Unidos vai ocorrer nesta terça-feira, 5, e vai definir quem será o 47° comandante do país. O cenário está indefinido, com as principais pesquisas de intenção de voto divergindo sobre qual candidato está na liderança.

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