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Em Roma, Lula defende imposto global de 2% sobre super-ricos em cúpula contra fome

O presidente afirmou que a insegurança alimentar está ligada às desigualdades sociais e entre países

Estadão Conteúdo
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (13) a criação de um imposto global de 2% sobre ativos de super-ricos para arrecadar fundos destinados a combater a fome no mundo. A declaração foi feita na abertura do Fórum Mundial da Alimentação, em Roma (Itália).

Segundo Lula, "673 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar. Garantir três refeições diárias a essas pessoas custaria cerca de 315 bilhões de dólares, segundo o Programa Mundial de Alimentos. Isso representa 12% dos 2,7 trilhões de dólares gastos anualmente com armas. Com um imposto global de 2% sobre os ativos dos super-ricos, seria possível arrecadar esse montante".

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O presidente afirmou que não é possível separar a insegurança alimentar das desigualdades entre ricos e pobres, homens e mulheres e países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para ele, poucas iniciativas contribuiriam tanto para o combate à fome quanto uma "reforma da arquitetura financeira internacional".

Na tribuna da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Lula defendeu mecanismos de apoio a países que enfrentam insegurança alimentar em larga escala, como redução de empréstimos, aperfeiçoamento do sistema tributário e alívio da dívida de nações pobres.

"É possível superar a fome por meio da ação governamental, mas governos só podem agir se dispuserem de meios. Ampliar o financiamento ao desenvolvimento, reduzir custos de empréstimos, aperfeiçoar sistemas tributários e aliviar a dívida dos países mais pobres são medidas cruciais. Não basta produzir, é preciso distribuir", afirmou.

O presidente ressaltou que é necessário que os governos "coloquem o pobre no orçamento" e rebateu críticas que associam políticas públicas a práticas assistencialistas. Lula também destacou a importância do multilateralismo e disse que a fome é irmã da guerra, inclusive a tributária, sem mencionar o tarifaço global imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Ele ainda elogiou a FAO e afirmou que a entidade continuará indispensável enquanto a fome persistir nos países, embora reconheça que a capacidade de ação coletiva e o otimismo dos chefes de Estado estão "abalados".

COP 30

Ao falar sobre a COP 30, que será realizada em Belém do Pará, em novembro, Lula defendeu que os países redobrem a cooperação para enfrentar os desafios climáticos e que isso deve caminhar ao lado do combate à fome e pobreza. O petista também sugeriu a adaptação dos sistemas alimentares para a nova realidade do clima, mas alertou que isso demandaria muitos recursos de países ricos.

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