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Dória defende privatização dos portos para desenvolver o Pará

Pré-candidato à Presidência, governador de São Paulo diz que vai propor o que ele chama de Pacto Amazônico

Abílio Dantas
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Em Belém, o governador de São Paulo, João Dória, afirmou que já possui entendimento sobre o que deve propor para a região amazônica, caso o PSDB decida que é ele o nome escolhido para disputar a eleição presidencial pela legenda no ano que vem. Como defendido pelo político em suas gestões como prefeito e governador, operações de privatização devem ser um dos pontos que pretende implementar como prioritários no quesito infraestrutura. Dória esteve em Belém até o sábado (11) para participar do evento “Encontros do PSDB pelo Brasil”, em campanha interna do partido para as prévias, nas quais os filiados irão definir seu representante para 2022. Ele deu uma coletiva na sexta-feira (10).

“Sou a favor de que sejam privatizados todos os portos do Pará”, afirmou. Dória considerou ainda que o desmatamento deve ser combatido, para que ocorra, segundo ele, desenvolvimento econômico com preservação ambiental.  “É possível gerar renda, empregos, alimento e manter a floresta em pé. Para isso é preciso tecnologia, firmeza e vontade de fazer. O agronegócio de São Paulo cresceu vertiginosamente. E o reflorestamento da mata nativa também aumentou”, declarou.

O pré-candidato à Presidência da República anunciou que vai estabelecer em seu plano de campanha, se vencer as prévias do PSDB, um conjunto de propostas chamado de Pacto Amazônico. Entre os principais pontos estão o fomento ao turismo, o desenvolvimento sustentável com a utilização controlada dos recursos naturais, e o fomento à educação ambiental.

“Toda vez que venho para a região amazônica venho para aprender, para ouvir os anseios e conhecimentos daqueles que vivem na Amazônia. Obviamente, ao longo desses meses, vou recolhendo informações de pessoas como o deputado Nilson Pinto, que está aqui ao meu lado, também de outros parlamentares, da sociedade civil, de sociedades científicas, de intelectuais e de outros que reproduzem pela imprensa os seus desejos transformadores para a região amazônica. Nós precisamos do Pacto Amazônico, que lançaremos ao longo da nossa campanha, que é um pacto a partir do qual se respeitará as vocações regionais, as decisões locais, mas com apoio do governo federal, respeitando o pacto federativo”, explicou.

Críticas a Bolsonaro

Para Dória, o presidente Jair Bolsonaro faz um governo que é “muito mais Brasília que Brasil”, em contradição ao lema que era defendido em campanha pelo então candidato à presidência pelo PSL: “mais Brasil e menos Brasília”. “É um governo que despreza governadores, antagoniza com prefeitos e não estabelece nenhum princípio compartilhador com aqueles que governam seus estados”, criticou.

O governador também chamou o presidente da República de “psicopata”, ao comentar a carta pública “Declaração à Nação”, publicada durante a semana após os discursos desferidos contra o Supremo Tribunal Federal (STF). “Alguém que agrediu as instituições, aterrorizou o país, emparedou o STF, que ameaçou desrespeitar a Constituição Federal, e 24 horas depois muda a sua posição, ou não tem coragem ou não está na sua sanidade. Nós temos um psicopata no comando do Brasil, essa é a minha opinião”, concluiu.

“Cidadão de Belém”

Em seu primeiro dia no Pará, Doria fez questão de falar sobre sua “relação afetiva” com o Estado. Disse que esta é a sexta vez que visita o Pará e já participou três vezes da cerimônia religiosa do Círio de Nazaré. E mencionou sua amizade com a cantora Fafá de Belém. Enquanto foi prefeito da capital de São Paulo, Doria recebeu o título de cidadão de Belém em outubro de 2017, honraria que foi proposta pelo vereador de Belém Mauro Freitas (PSDB), que era então presidente da Câmara Municipal de Belém (CMB).

Antes da coletiva de imprensa, Doria visitou a sede do PSDB do Pará, ao lado do presidente estadual do partido e deputado federal Nilson Pinto. Cercado por correligionários e líderes de segmentos, recebeu de presente uma camisa com bordados e também produtos da culinária local, como castanhas, manteiga e queijo de búfala.

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