Deputado paraense, aliado de Bolsonaro, conversa com caminhoneiros no Pará
Éder Mauro está com os manifestantes na BR-316 e tenta finalizar o movimento
O deputado federal Éder Mauro (PSD) está na BR-316, na manhã desta quinta-feira (9), para conversar com manifestantes que participam dos atos de caminhoneiros que mobilizam todo o Brasil.
"Estamos passando, vendo o movimento e acompanhando o posicionamento do presidente Bolsonaro. Sabemos que se eles pararem, o país para e quem mais vai sofrer são as pessoas pobres. Eles estão com esse movimento pacifico e estão aguardando posicionamento de Brasília em relação as pautas cobradas", afirmou à reportagem de O Liberal.
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Ele aproveitou a manifestação dos caminhoneiros para retomar as pautas levantadas nas passeatas de 7 de setembro a favor do presidente, afirmando que todos estão lutando por "liberdade de se dizer o que pensa sem ser tolhido". Sindicatos ouvidos por O Liberal, porém, afirmam que se trata de mobilização apartidária.
Sobre o alto valor da gasolina, uma das principais pautas da mobilização dos caminhoneiros, ele disse que concorda com os caminhoneiros e que a culpa da carestia é dos governadores dos estados do país, pois o presidente Jair Bolsonaro tem feito de tudo para baixar os preços.
"Estamos em prol de um presidente da república sério e honesto. [O presidente Bolsonaro está] tirando impostos, diminuindo, e alguns tirando tudo. Mas os governadores, (que acredito que seja uma orquestração), não querem diminuir o ICMS deles, que é quase metade do valor do combustível", disse.
No entanto, o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não corresponde a mais da metade do valor da gasolina, conforme dito pelo deputado. O imposto responde por 28% do total do preço. Também não há nenhum imposto federal zerado para os combustíveis. Além disso, dados oficiais, atestam que o principal fator a pesar no aumento do preço da gasolina nos últimos meses não foi o ICMS, mas sim os reajustes feitos pela Petrobras.
Enquanto o ICMS teve aumento real de 34 centavos entre 2018 e 2021, o reajuste nos preços do petróleo nas refinarias, tabelados de acordo com o mercado internacional, foi de 51%.
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