Deputada Nilse Pinheiro fala na tribuna pela primeira vez após morte de Amintas

Mais de um mês após o assassinato do empresário Amintas Pinheiro, ocorrido no dia 5 de fevereiro deste ano, a esposa dele, deputada estadual Nilse Pinheiro (Republicanos) falou pela primeira vez da tribuna da Assembleia Legislativa sobre o caso, afirmando que as palavras são um desabafo e apelo a todos. Emocionada, ela iniciou seu pronunciamento agradecendo pelo apoio, carinho e palavras de conforto que vem recebendo desde a morte do marido, com quem viveu mais de quarenta anos. Em seguida, fez uma exposição de números da criminalidade urbana, que "ceifa vidas inocentes, destrói famílias e impede o benefício da paz urbana".

Ela destacou a criminalidade como um problema grave presente no País, mas em especial na região Norte e no Estado do Pará e defendeu a necessidade de uma reflexão sobre o futuro. Defendeu também um olhar especial e trabalho voltado à juventude, para que os jovens não sejam atraídos para o mundo do crime.

"Falo na qualidade de mãe, de avó e de mulher que perdeu o esposo para o mundo do crime. Uma quadrilha, um assalto covarde, com uma quadrilha de onze, até o momento dito pelo delegado geral, onze criminosos, bandidos, para assaltar uma única pessoa", declarou. "Falo na qualidade de parlamentar para que possamos dar um passo a mais em busca da segurança necessária para a vida em comunidade", completou.

A parlamentar declarou ainda não desejar a ninguém o luto pelo qual tem passado. "Hoje sou eu, hoje é a minha família, mas amanhã pode ser a família de qualquer outra pessoa. Não desejo esse mal a ninguém, mas é previsível, se não adotarmos novas linhas de governo, novas políticas para tratamento da violência urbana. Convoco a todos os meus pares para esta luta, que é nossa, e conclamo a sociedade paraense para que também faça o seu papel, cuidando das crianças de hoje que se tornarão os adultos de amanhã, para que possamos por mais amor e ensinamentos de cristãos fraternos no coração e no caráter de formação das pessoas", concluiu.