Delegado da PF é o primeiro brasileiro eleito como chefe da Interpol
Valdecy Urquiza foi escolhido como o novo secretário-geral da rede internacional de polícias

Em uma eleição inédita, o delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza foi escolhido como o novo secretário-geral da Interpol (rede internacional de polícias). O brasileiro é diretor de cooperação internacional da PF e vice-presidente da Interpol nas Américas, agora ele será responsável pela parte operacional do órgão.
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Valdecy Urquiza é o primeiro brasileiro escolhido para a função, sendo eleito com 8 votos a 3, na disputa contra um inglês. A eleição foi realizada em uma reunião dos 13 países componentes do comitê executivo da organização, que avaliou - dentre os candidatos que foram apresentados - quem seria o mais adequado para assumir o comando da organização nos próximos cinco anos.
O próximo passo é apresentar o nome de Urquiza à assembleia-geral, em novembro, quando os 195 países integrantes devem ratificar o nome indicado pelo comitê. O mandato tem duração de cinco anos e inicia ainda em 2024.
De acordo com informações divulgadas pela CNN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria entrado em contato com chefes de Estados dos países que fazem parte do comitê para falar sobre a eleição, e que “entrou de cabeça” nas negociações para eleger o delegado Urquiza.
Em 2023, na função de Ministro da Justiça, Flávio Dino também teria feito contatos em defesa do nome de Urquiza para o cargo.
Por meio de uma nota, a Polícia Federal comemorou a escolha de Urquiza para o cargo. “A exitosa campanha pela eleição do brasileiro Valdecy Urquiza a Secretário-Geral da Interpol foi fruto de estreita coordenação entre a Polícia Federal, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça e Segurança Pública", disse a corporação.
Também em nota, o Itamaraty celebrou a eleição do delegado como um reconhecimento do trabalho desenvolvido no combate ao crime organizado. “Representa, ademais, o reconhecimento, pela comunidade internacional, do profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no enfrentamento à criminalidade, bem como de sua relevante contribuição ao trabalho da Interpol”, destacou.
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