Defesa de Bolsonaro diz que ele não está bem de saúde
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não participa presencialmente do julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) por motivos de saúde, afirmou nesta terça-feira (2) seu advogado, Celso Vilardi. Segundo ele, Bolsonaro “não está bem de saúde” e acompanha as sessões de casa.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes. De acordo com aliados, crises de soluço constantes teriam influenciado a decisão de acompanhar o julgamento à distância. Caso optasse por comparecer ao STF, o ex-presidente precisaria de autorização judicial, que não foi solicitada.
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Réus do núcleo crucial
•Além de Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe inclui sete ex-auxiliares próximos:
• Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin;
• Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha;
• Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
• Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
• Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
• Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
• Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.
Acusações
Os réus respondem a cinco crimes perante o STF: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave, e deterioração de patrimônio tombado. A exceção é Ramagem, que teve a ação penal suspensa para parte das acusações pela Câmara dos Deputados em maio e responde apenas por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Cronograma do julgamento
O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, reservou cinco datas para o julgamento do núcleo crucial:
• 2 de setembro, terça-feira: 9h às 12h (extraordinária) e 14h às 19h (ordinária)
• 3 de setembro, quarta-feira: 9h às 12h (extraordinária)
• 9 de setembro, terça-feira: 9h às 12h (extraordinária) e 14h às 19h (ordinária)
• 10 de setembro, quarta-feira: 9h às 12h (extraordinária)
• 12 de setembro, sexta-feira: 9h às 12h e 14h às 19h (extraordinária)
Com informações da CNN*
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia
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