CPMI de 8 de janeiro investiga crachá encontrado com paraense que planejou atentado a bomba

Quando foi preso em Brasília, George Washington estava com um crachá pertencente à empresa Base Industrial de Defesa (BID) Brasil

O Liberal
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Na reunião desta terça-feira (11), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga atos antidemocráticos e os ataques em Brasília do dia 8 de janeiro, aprovou quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático do paraense George Washington, preso por planejar um atentado a bomba próxima ao Aeroporto de Brasília. Um dos objetivos dos membros da comissão é investigar um dos itens encontrados com o terrorista no dia em que ele foi preso. Trata-se de um crachá pertencente à empresa Base Industrial de Defesa (BID) Brasil, que promoveu evento na capital dias antes patrocinado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).

O evento em questão expõe tecnologias de defesa nacional e foi patrocinado pela Apex Brasil com o apoio do Ministério da Defesa. À época, o general da reserva Mauro César Lourena Cid era o chefe do escritório da Apex em Miami. Pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro também investigado pela CPMI, Mauro César ocupou o posto de 2019 até este ano, quando foi dispensado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A 7ª Mostra BID Brasil foi realizada entre os dias 6 e 8 de dezembro. Já a prisão de Washington ocorreu poucos dias depois, no dia 24 de dezembro do ano passado, após ele tentar explodir uma bomba na área do Aeroporto Internacional de Brasília. Membros da comissão acreditam que ele tenha participado desta conferência e de outras atividades da empresa.

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As investigações do colegiado tentam rastrear possíveis financiadores dos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorrido no dia 8 de janeiro.

Em nota, a Apex afirmou que o evento foi organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança. "Como apoiadora, a ApexBrasil financiou a realização do evento, conforme convênio firmado com a Abimde. "Sobre George Washington, a Apex observou que ele não é funcionário desta agência.

"A Apex-Brasil não tem responsabilidade pela organização da 7ª Mostra BID Brasil, que expôs em Brasília tecnologias de defesa nacional. Sobre a lista de participantes e convidados, a informação pode ser dada pela Abimde", declarou.

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