'Como em uma dupla sertaneja, não me incomodo em ser a segunda voz', diz Tebet sobre Haddad

Apesar de se considerar uma voz importante no governo federal, a ministra diz que "quem tem que puxar essa máquina é o Haddad, ele é o maquinista"

O Liberal
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Após a escolha de Marcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não ter passado por Simone Tebet (MDB-MS), embora o órgão subordinado à sua Pasta, a ministra do Planejamento diz que não existe a possibilidade de interferências políticas ou ideológicas no trabalho do instituto.

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Tebet diz que terá o "maior prazer" em atender ao presidente Lula, e adianta que abrirá espaço na agenda para "conhecer" Pochmann na semana que vem e que espera receber dele um plano de trabalho para o comando do órgão. A entrevista foi concedido ao jornal O Globo.

Apesar de se considerar uma voz importante no governo federal, a ministra diz que "quem tem que puxar essa máquina é o Haddad, ele é o maquinista". Ela foi perguntada sobre a sintonia com Haddad até 2026, quando o mandato do governo atual chega ao fim, ao que respondeu: "Não há como visualizar estarmos em caminhos diferentes em 2026".

"Ainda temos resquício da extrema-direita. Bolsonaro está inelegível, mas o bolsonarismo não. Não consigo visualizar uma divisão eleitoral dentro desse campo", afirmou. Sobre o crescimento de Haddad no governo, Tebet disparou: "Tem que ser. Isso é bom para o país, para o governo, para a economia. Como em uma dupla sertaneja, não me incomodo em ser a segunda voz".

IBGE

Quanto à polêmica sobre a nomeação do novo presidente do IBGE, a ministra do Planejamento disse que o órgão é autônomo - em qualquer governo, tem um conselho deliberativo ligado a um corpo técnico. "Não estou preocupada com isso, esse é o menor dos meus problemas, até porque minhas entregas nesses primeiros sete meses ainda não terminaram", destacou.

Entre os trabalhos ainda existentes estão o Orçamento, a aprovação do arcabouço na Câmara dos Deputados e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Segundo Simone, "não tem como ter" manipulação nos dados do IBGE, que entram em tempo real no sistema e depois vão para uma consulta. "Foram 13 anos de governo do PT e não houve qualquer tipo de denúncia nesse sentido", lembra.

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