CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Bolsonaro vai ser preso? Saiba o que pode acontecer após resposta a Alexandre de Moraes

Ministro do STF analisa resposta da defesa sobre suposto descumprimento de medida cautelar

Hannah Franco
fonte

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um documento com esclarecimentos sobre o suposto descumprimento das medidas cautelares impostas no último dia 18. A manifestação foi apresentada nesta terça-feira (22/07), dentro do prazo de 24 horas determinado pelo magistrado.

Moraes havia cobrado explicações após a divulgação de postagens nas redes sociais contendo declarações de Bolsonaro feitas durante uma visita ao Congresso Nacional, onde ele concedeu entrevistas e exibiu a tornozeleira eletrônica que está usando por ordem judicial.

VEJA MAIS

image Bolsonaro nega ter descumprido proibição de uso de redes sociais
Defesa diz que ex-presidente não controla postagens de terceiros

image Bolsonaro promete ficar calado e pede explicação de Moraes sobre o que ele pode ou não fazer
Defesa alega que o ex-presidente "jamais cogitou que estava proibido de conceder entrevistas, que podem ser replicadas em redes sociais"

O que diz a defesa de Bolsonaro?

No documento, os advogados do ex-presidente alegam que não houve violação da cautelar que proíbe o uso direto ou indireto de redes sociais. Segundo eles, Bolsonaro "não postou, não acessou suas redes sociais e nem pediu para que terceiros o fizessem por si". A defesa argumenta ainda que não havia uma proibição explícita sobre a concessão de entrevistas, mesmo que estas acabem sendo reproduzidas por outros usuários em plataformas digitais.

Ainda segundo o parecer, Bolsonaro "vem observando rigorosamente as regras de recolhimento" e "não teve a intenção de descumprir qualquer decisão".

Os advogados também pedem que o Supremo esclareça se a vedação inclui entrevistas e declarações que venham a ser replicadas por terceiros, como veículos de imprensa ou apoiadores nas redes sociais.

Com a resposta da defesa em mãos, Alexandre de Moraes poderá encaminhar o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão deverá avaliar se houve de fato descumprimento da medida cautelar e, com base nesse parecer, o ministro decidirá se mantém as restrições já impostas ou se adota sanções mais severas, como a decretação da prisão preventiva do ex-presidente.

image Ex-presidente Jair Bolsonaro mostrou a tornozeleira eletrônica na saída da Câmara dos Deputados na última segunda-feira (21) (Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO)

Prisão de Bolsonaro é possível?

Sim. Caso seja comprovado que Bolsonaro violou as regras impostas pelo STF, a legislação penal prevê a possibilidade de prisão preventiva. Esse tipo de prisão pode ser determinado para garantir a ordem pública, evitar a obstrução da Justiça ou assegurar a aplicação da lei penal. A prisão preventiva não tem prazo fixo, mas precisa ser reavaliada pelo Judiciário a cada 90 dias.

Com a resposta da defesa em mãos, Alexandre de Moraes poderá encaminhar o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão deverá avaliar se houve de fato descumprimento da medida cautelar e, com base nesse parecer, o ministro decidirá se mantém as restrições já impostas ou se adota sanções mais severas, como a decretação da prisão preventiva do ex-presidente.

A decisão sobre eventual prisão ficará nas mãos do ministro do STF, após análise do parecer da PGR. Até o momento, não há previsão de prazo para essa deliberação.

O que Bolsonaro não pode fazer?

Na última semana, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos endereços relacionados a Jair Bolsonaro, incluindo sua residência no Jardim Botânico (Brasília) e na sede do PL. Como parte da operação, Moraes determinou medidas cautelares que incluem:

  • uso de tornozeleira eletrônica;
  • proibição de acesso a redes sociais;
  • restrição de contato com o filho Eduardo Bolsonaro;
  • recolhimento domiciliar das 19h às 7h e restrição em finais de semana;
  • proibição de comunicação com embaixadores, embaixadas, diplomatas e outros investigados.
Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA