Policial reage a assalto e acaba morto no centro de Belém
Thiago Moura Cruz, de 27 anos, saía de uma agência bancária quando foi abordado
Thiago Moura Cruz, de 27 anos, conhecido como soldado Cruz, integrante do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Pará, foi morto a tiros, na tarde desta terça-feira (1º de junho), em Belém. Ele reagiu a uma tentativa de assalto, na travessa João Balbi, entre a avenida Visconde de Souza Franco (Doca) e a travessa Almirante Wandenkolk, bairro do Umarizal. De acordo com os populares que estavam no local do crime, Thiago havia acabado de sair de uma agência bancária e estava indo buscar o carro dele, estacionado a poucos metros de onde tudo ocorreu.
Imagens do circuito interno de segurança do local do crime mostram o policial caminhando, enquanto falava ao telefone. O suspeito, um homem de calça, camisa clara e boné vermelho, ainda chega a passar caminhando um pouco à frente do militar. Em seguida, ele volta para abordar o policial. A vítima, que estava armada, ainda tentou dominar o suspeito, mas logo foi atingida pelos disparos e caiu. Após o crime, o homem aparece fugindo com o comparsa dele, em uma moto vermelha. Na fuga, ele ainda tenta esconder a placa do veículo. O caso foi registrado na Divisão de Homicídios.
Ainda de acordo com populares, o policial estava com uma alta quantia em dinheiro, o que teria chamado a atenção dos suspeitos, que poderiam tê-lo seguido desde a agência bancária. A informação não foi confirmada pelas autoridades policiais.
O Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e o instituto de criminalística foram acionados. Segundo o perito João Elias, do Centro de Perícias Renato Chaves (CPRC), Thiago foi atingido por quatro disparos. “Um na cabeça, uma nas costas, um no braço direito e um no flanco esquerdo que saiu no flanco direito. Ou seja, foram quatro entradas. Ele morreu na hora. Segundo informações coletadas aqui, ele havia saído do banco com dinheiro, mas ainda chegou a depositar uma parte da quantia. Mas só as investigações podem confirmar isso”, afirmou o perito.
No local do crime, familiares da vítima estavam inconformados com o homicídio. Amparado por homens do Corpo de Bombeiros, o pai, que não quis falar com a reportagem, chorava, ao lembrar que sempre reforçava para o filho não reagir a assalto. A irmã da vítima, que também não quis falar, chorava bastante ao afirmar que amava Thiago. Ela também dizia que os criminosos haviam destruído uma família.
Em nota, a Polícia Militar do Pará disse que realiza buscas para identificar e prender os autores do crime. A instituição afirmou, ainda, que se solidariza com familiares, amigos e colegas da corporação. O Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciap) da PM presta apoio aos familiares.
A Polícia Civil informou que, com o apoio da Polícia Militar, está em diligências para identificar e prender os autores do crime. Imagens de circuito de segurança da área estão sendo analisadas e testemunhas estão sendo ouvidas. Um Inquérito Policial foi instaurado e apura o caso. "Qualquer informação que possa ajudar na elucidação do crime pode ser repassada à polícia pelo disque denúncia - 181", disse a PC.
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