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Tiroteio foi presenciado por muitos comerciantes da redondeza

A troca de tiros de ontem, 29, impactou muitos comerciantes que viram como tudo aconteceu

Debora Soares
fonte

A troca de tiros ocorrida na manhã de ontem, 29, entre a polícia e suspeitos de uma tentativa de assalto, na avenida Nazaré, bairro nobre de Belém, foi vivenciada de perto pelo ambulante de perfumes, Francisco Perdigão, de 61 anos, que possui uma barraca na esquina da avenida com a travessa 14 de março, há mais de 40 anos. Ele relata que nunca havia presenciado cenas tão fortes em tanto tempo de trabalho naquele ponto. “O carro prata chegou e estacionou, logo depois vieram duas viaturas da polícia, uma da 14 e outra da Nazaré. Eles já desceram atirando em direção ao carro”. 

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No momento da troca de tiros, o ambulante e o amigo comerciante de água de coco, imediatamente se deitaram no chão como uma forma de diminuir os riscos de serem atingidos por alguma bala. “A gente precisou correr para se esconder, porque eles estavam atirando na nossa direção e alguma bala podia acertar a gente. Chegou até a atingir um carro de um senhor que estava parado no sinal. Teve gente que largou o carro no sinal mesmo, porque a via estava fechada e não teriam como sair dali. Eu estava atendendo um cliente quando tudo começou. Eu me abaixei aqui do lado da minha barraca, deitei de bruços e o tiro cantando ali. Foi muito tiro!”, comenta.

Tiroteio em Nazaré acaba com mortos e feridos

Síndico de um condomínio residencial da proximidade, Alexandre Moreira, 51 anos, ficou sabendo de alguns detalhes pela polícia e conta que até o carro de um morador foi atingido durante a perseguição. “O que o investigador passou para a gente foi que o fato de hoje ser dia de pagamento da polícia, eles [os agentes de segurança pública] já sabiam que esse pessoal iria fazer esse assalto a esse banco aqui da Nazaré e ao outro lá do Ophir Loyola. A ideia era fazer simultâneamente o assalto às duas agências, justamente para confundir a polícia. Um morador, que sempre deixa o carro guardado no posto de combustível, me falou que o automóvel dele foi atingido, mas que já fez o boletim de ocorrência, só que ele ainda está abalado com tudo isso e prefere não sair do apartamento por enquanto”, explica.

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Alexandre estava em seu apartamento durante a troca de tiros e afirma que a porteira e um funcionário da limpeza estavam no lounge do prédio e logo buscaram se proteger atrás das muretas do hall, mas nenhum dano maior aconteceu.  

Um comerciante que preferiu não se identificar, chegou a ver um dos suspeitos sendo atingido pela polícia quando corria para tentar se esconder dos disparos. “Um deles já havia sido ferido e estava vindo para cá, mas foi quando o policial gritou para ele largar a arma, só que ele não obedeceu e continuou correndo e trocando tiros com a polícia. Ele só não entrou aqui, porque o agente acertou ele no meio do caminho, quebrando até o vidro”, declara. 

Uma das balas atingiu a vidraça e o teto do estabelecimento. Passado o susto, quando o comerciante foi reorganizar a loja, achou a cápsula da bala que atingiu o seu comércio. 

Quando percebeu que um dos suspeitos estava correndo em sua direção ele se apressou em trancar a loja e garantir uma arma para se defender, no momento de desespero, o primeiro objeto que pegou foi um taco de madeira. “Eu corri para pegar a chave quando vi que o rapaz estava correndo para cá. Tranquei a porta e  vim correndo para atrás do balcão pegar o taco para me defender caso acontecesse alguma coisa e me escondi atrás dessa coluna grande para que nenhuma bala me atingisse. Foi muito impactante vivenciar tudo isso e a poucos metros de mim. Tudo aconteceu bem na minha frente. Eu nunca tinha visto algo assim tão de perto”, expressa o comerciante.

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