Segundo suspeito do triplo homicídio na Cabanagem é preso
Lucas Lima foi encontrado em Castanhal quando se preparava para fugir
Apontado como intermediário do triplo homicídio ocorrido no último domingo (05), no bairro da Cabanagem, em Belém, foi preso no bairro Caiçara, área urbana de Castanhal, no nordeste paraense, na noite desta quarta-feira (08), Lucas da Silva Lima, de 25 anos de idade. Ele tem passagem por roubo, e segundo a polícia, apesar da pouca idade, é considerado uma liderança na hierarquia de sua fação criminosa (cujo nome não foi revelado) em razão de seu potencial de periculosidade.
Com o preso, a polícia apreendeu um revólver 38, uma motocicleta e dois aparelhos de telefone celular. Todo o material apreendido será periciado para que se ateste ou não o uso da arma e do veículo na morte do sargento PM, Rui Vilhena Gonçalves, do sogro do militar, José Rubens, e de um amigo deles, José Ribamar, quando estavam em um bar na Cabanagem.
Também apontado como mandante do crime, o suspeito estava em Castanhal e se preparava para fugir quando foi localizado por equipes da polícia. Parabenizo os órgãos de segurança pública do estado pelo empenho em mais uma missão.
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) January 8, 2020
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Lucas Lima é o segundo homem preso suspeito de envolvimento nos assassinatos citados. Na terça-feira (07), foi preso Jorge Luiz Miranda Pereira, o Nena, acusado de ser o mandante principal dos crimes.
Motivos - O delegado-geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira frisou que a motivação para a morte do PM, real alvo dos criminosos, assim como o assassinato recente de outros agentes de segurança pública, resultam do cenário de descontrole do sistema penal em todo o País.
"Isso é a espiral da violência por conta do momento em que o País perdeu o domínio do sistema penal. Então, a partir do fato de que o Estado retoma o sistema penal e passa a dominá-lo, isso enfraquece as facções. Como no Pará, nós não tínhamos isso, as facções prosperaram e estamos vendo a espiral da violência'', observou.
"Quando eles entendem que um membro deles (facções) sofreu repressão, eles querem respostas, e aí vemos a espiral que não acontece só no Pará mas, infelizmente, em todo o País. Aqui, agora, com menos incidência, porque hoje nós temos o controle do sistema penitenciário do Pará'', acrescentou Alberto Teixeira.
A Polícia Civil informou ainda que Lucas Lima foi quem contratou os dois executores dos crimes. Ele foi preso na casa de sua namorada, quando se preparava para fugir. O suspeito foi apresentado na noite desta quarta-feira na Delegacia Geral, em Belém. As investigações continuam.
"De forma ativa, consideramos que quatro pessoas participaram do triplo homicídio. Nena é o principal mandante, Lucas o intermediário e os dois executores. Talvez existam pessoas que auxiliaram o grupo, com empréstimo de armas e até da motocicleta, mas são participações de menores. As investigações devem esclarecer o contexto'', afirmou Alberto Teixeira.
Sobre a linha investigativa para a morte específica do sargento Rui Gonçalves, o delegado-geral disse que a polícia já tem um forte indicativo sobre o que ocorreu mas se reservou o direito de não comentar. "Eu não posso afirmar que a ordem, em decorrência de uma ação anterior, foi específica para o sargento Rui ou foi para (matar) qualquer PM'', concluiu.
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