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Sargento da Aeronáutica é denunciado por violência doméstica contra ex-companheira

Vítima chegou a ser agredida a socos ao exigir a pensão da filha e cobra posição das autoridades

O Liberal

Um sargento da Aeronáutica, identificado como Ronaldo Alves Santos, de 33 anos, foi denunciado por violência doméstica pela sua ex-companheira, após ela ser agredida a socos por cobrar a pensão da filha. O caso aconteceu em julho do ano passado, em Belém, e a vítima diz que continua sem nenhum retorno da Justiça.

A vítima, de 28 anos, conta que já vivia um relacionamento abusivo com Ronaldo Alves Santos há cerca de seis anos, com quem tem uma filha de cinco anos de idade. Ela sempre suportou agressões físicas e verbais para manter a relação 'por conta da filha'. Há pouco mais de dois anos, o casal se separou definitivamente.

Com cerca de um ano e três meses de separação, a mulher diz que precisou cobrar de Ronaldo o pagamento da pensão da filha, uma vez que a criança faria uma viagem com a avó materna e precisava do recurso.

"Eu liguei e mandei mensagens várias vezes. Ele não respondeu, então eu fui até a casa dele, na vila da Aeronáutica, e foi quando ele e a atual esposa dele me agrediram. Eu tenho a gravação em vídeo do que ele fez, que ficou para perícia na delegacia", informa.

No vídeo, ao qual a reportagem teve acesso, Ronaldo Alves Santos aparece se jogando por cima da ex-companheira, gritando com ela e puxando pelos cabelos. Em seguida, ele disfere vários socos contra a cabeça da vítima. Uma segunda mulher aparece na cena, que seria a atual companheira do militar.

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O vídeo chegou a ser publicado nas redes sociais pela própria vítima, que escreveu que estava ali apenas para 'pedir para ele fazer o mínimo como pai'. Em outro vídeo, ela expõe uma conversa com a atual companheira do sargento, na qual ela tenta explicar que não tem interesse pessoal ou amoroso em Ronaldo, quer apenas que ele exerça sua parte como pai.

"Eu fui conversar para desenhar que eu não queria saber do macho dela. Eu queria apenas a presença dele como pai. Mas hoje entendi que eles queriam viver a vida deles sem a minha filha", escreve nos vídeos.

Depois da agressão física registrada nas imagens, a vítima formalizou a denúncia contra Ronaldo pela primeira vez, em 21 de julho de 2022. O Boletim de Ocorrência afirma que a ela seria encaminhada para exame de lesão corporal. Em dezembro do ano passado, ela conseguiu uma medida protetiva, que garante distancimanto físico entre as partes, o que diz que não resolveu o problema.

"Hoje eu fui pedir a carteira de vacinação da minha filha, mas ele só fala comigo por meio do advogado, que me mandou solicitar o documento em juízo e ainda disse que 'o problema era meu', se o processo fosse demorar", relata.

Além disso, a ex-companheira do militar questiona a omissão da Aeronáutica no caso e a falta de medidas mais rígidas da Justiça: 

"Eu já fui na Aeronáutica, mas ele sempre é acobertado pelos oficiais e outros sargentos. Na Justiça, até hoje, não tentaram nem prender ele, ou seja, Maria da Penha, esquece! É muita humilhação".

A redação integrada de O Liberal entrou em contato com a Polícia Civil do Pará e com a Aeronáutica pedindo um posicionamento sobre o caso. A Polícia Civil informou que já concluiu o inquérito e despachou o caso para o judiciário e a Aeronáutica disse, em nota, que tomou conhecimento do caso e já está tomando as devidas providências. "A conduta descrita não condiz com os valores e princípios seguidos pelos integrantes da Força Aérea Brasileira".

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