Refém na Augusto Montenegro: animadora de festas passa por dificuldades porque está sem trabalhar

Ana Júlia de Sousa Brito está cuidando dos filhos que ainda estão traumatizados com o sequestro, que durou 17 horas

Ana Laura Carvalho e Dilson Pimentel

11.03.23 18h46

“Estou sem trabalhar e não vou poder ainda, pois não estou disponível para sair. A minha nenê está muito grudada em mim”, disse Ana Júlia (Cláudio Pinheiro/O Liberal)

A animadora de festas Ana Júlia de Sousa Brito, 26 anos, que ficou 17 horas como vítima de um sequestro, dentro de um veículo, na avenida Augusto Montenegro, em Belém, está passando por dificuldades financeiras. É que ela precisou cancelar todos os eventos para os quais havia sido contratada para cuidar de sua família, que ainda tenta digerir tudo o que ocorreu.

Ana Júlia ficou sequestrada na companhia dos três filhos (de três, sete e nove anos), sob o domínio de Yann Carlos Monteiro Barroso, que estava armado de faca. Neste sábado (11), Ana Júlia observou a filha de três anos meio atordoada, e os dois meninos bem nervosos, já que as crianças associaram uma situação ao sequestro.

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“Caiu um pinguinho de borra de café e ela se jogou no chão desesperada batendo a cabeça e chorando muito. Está traumatizada”, afirmou. Por essa e outras razões, Ana Júlia ainda não se sente segura pra sair de casa e voltar a trabalhar.

“Estou sem trabalhar e não vou poder ainda, pois não estou disponível para sair”, disse. Ela tinha festas para fazer nos dias 23, 25 e 31 de março e 1º e 4 de abril. “A minha nenê está muito grudada em mim”, contou. “Hoje ela teve um pequeno surto. Teve febre. Os meus filhos estão bem nervosos”, disse.