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Polícia investiga acusado de aplicar 'Golpe da Receita Federal' em pelo menos 23 pessoas; entenda

Prejuízo às vítimas chega a R$ 800 mil. Contador já está preso

Dilson Pimentel

Policiais civis da Seccional da Sacramenta, em Belém, continuam investigando um contador acusado de aplicar golpes em pelo menos 23 pessoas. Segundo o delegado Arthur Nobre, que está à frente das investigações, o prejuízo às vítimas chega a R$ 800 mil. Inicialmente, sete vítimas o denunciaram. E, por isso, Alysson Santos Lima foi preso em flagrante, no mês passado. Nesta quinta-feira (3), mais 13 ou 14 vítimas eram esperadas para serem ouvidas na Seccional da Sacramenta, na capital.

Segundo o delegado, o contador profissional se aproveitava de conhecimentos do exercício da profissão para aplicar golpes em pessoas que o procuravam para resolver questões com a Receita Federal. Ele tinha um escritório, o que dava credibilidade aos golpes que aplicativa. Algumas pessoas também já o conheciam e ele se aproveitou dessa relação de confiança para enganar as vítimas.

image Acusado: contador se favorecia de contatos próximos com vítimas (via redes sociais)

Ainda segundo o delegado Arthur, o contador confeccionva o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), que é pago tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, e é expedido para o pagamento de impostos ou tributos federais. Alysson já tinha um modelo de boleto, que ele fazia em um programa de computador específico, e adulterava o documento, colocando dívidas que a pessoa não tinha. Muitas das vezes, com valores altos, para pessoa pagar.

Apenas uma vítima foi lesada em R$ 250 mil, diz delegado

A pessoa pagava via PIX ou passava o cartão na máquina do próprio contador. Um dessas vítimas, um idoso, foi lesada em R$ 250 mil. Ainda segundo o delegado, Alysson gastava o dinheiro dos golpes em viagens de luxo para o Nordeste. Ele começou a enganar as pessoas há uns quatro meses. As vítimas que compareceram à seccional, nesta quarta-feira, falaram com a imprensa. Mas preferiram não se identificar.

Uma delas, uma servidora pública, contou que conhece Alysson há 38 anos. No caso dela, ele adotou uma variação do golpe, prometendo, à servidora pública, que ela teria vantagens financeiras em um investimento imobiliário. Ela fez um empréstimo bancário e deu, para o contador, R$ 16 mil, dinheiro que a servidora sabe, agora, que dificilmente irá reaver.

Ele afirmou que estava progredindo muito profissionalmente e que gostaria que os seus amigos também tivessem boas oportunidades de negócio. Além do prejuízo financeiro, a servidora pública também ficou muito abalada emocionalmente, já que conhecia o contador desde criança. Eles cresceram juntos e frequentaram a mesma igreja. Alysson Santos está preso desde o dia 24 de fevereiro. Na Polícia Civil, ele ficou em silêncio, alegando que só falará na Justiça. O contador foi preso em flagrante e, depois, o flagrante foi convertido, pela Justiça, em prisão preventiva.

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