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Polícia inicia oitiva das testemunhas das agressões do prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano

Aurélio Goiano é investigado por agressões contra três jornalistas do Grupo Liberal dentro da Blue Zone da COP30, em Belém

O Liberal
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As testemunhas das agressões do prefeito de Parauapebas Aurélio Goiano contra os jornalistas do Grupo Liberal, durante a COP30, começaram a ser ouvidas pelo delegado responsável pelo caso. Nesta quarta-feira (10), duas testemunhas oculares deram seus relatos para a autoridade policial confirmando a forma dos acontecimentos. A agressão contra os jornalistas do Grupo Liberal ocorreu no dia 14 de novembro, quando Aurélio Goiano agrediu verbalmente as jornalistas Isis Bem e Vanessa Araújo, e bateu com um tapa no rosto de Wesley Costa, na Blue Zone.

O advogado do Grupo Liberal Luiz Araújo acompanhou as duas testemunhas na seccional da Sacramenta, em Belém. Ele também deverá estar presente nos depoimentos das outras testemunhas durante essa semana. Na tarde desta quarta-feira, o repórter Max Sousa e o cinegrafista Raoni Joseph, do Grupo Liberal, foram os primeiros a prestar depoimento.

“Agora nós estamos diante de um inquérito policial que investiga todas essas agressões. O delegado inicialmente instaurou um VPI (Verificação da Procedência das Informações) para iniciar a apuração dos fatos. Posteriormente após a oitiva das testemunhas, e também o laudo pericial ser exarado pela Polícia Científica, ele pediu autorização para o Tribunal de Justiça, pelo foro privilegiado do prefeito, e o Tribunal de Justiça aquiesceu o pedido e agora nós estamos apresentando aqui com testemunhas que vão robustecer as falas das vítimas, que vão trazer mais elementos de convicção para que a autoridade policial prossiga nas investigações”, detalhou.

De acordo com o advogado, após as oitivas das testemunhas e as juntadas de demais provas documentais, a autoridade policial deverá ouvir o prefeito, por carta precatória, no município de Paraupabeas, ou de forma virtual. O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído. Depois de ouvir todas as partes e testemunhas, o delegado já terá a possibilidade de indiciar ou não o prefeito.

“Fica por conta da autoridade policial, se o delegado reconhecer que já há indício de prova de materialidade já pode indiciar o prefeito de acordo com o entendimento jurídico. Lógico, que o prefeito também pode produzir todos os meios e provas que ele tem por direito constitucional garantidos, mas estamos satisfeitos que após essas provas testemunhais o delegado já terá informações de conexão suficientes para concluir esse inquérito”, espera Araújo.

As agressões contra os jornalistas do Grupo Liberal ocorreram após o prefeito Aurélio Goiano desmarcar uma entrevista com o veículo na Blue Zone. Os xingamentos e o tapa teriam sido desencadeados por uma postagem do jornalista Wesley Costa, que mostrava o prefeito — apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — em uma "conversa descontraída" com o ministro da Secretaria Especial da Presidência, Guilherme Boulos. Goiano não gostou da foto e partiu para cima de Wesley Costa e as duas produtoras da rádio.

Naquele dia, o repórter do grupo Liberal, Max Sousa, apresentava o programa Comando Mais Liberal ao lado de Wesley Costa. Ele presenciou toda a cena. “Ele queria entrar no nosso estúdio, apesar de ser aberto, mas não podia porque estávamos ao vivo, trabalhando. Foi então que Ísis e Vanessa tentaram impedir para que ele não fizesse isso. Ele começou a se alterar para cima das meninas. Isso querendo ou não, chamou a nossa atenção, minha e do Wesley”, relembra.

Após as agressões verbais contra as duas produtoras, Aurélio Goiano foi embora e Max foi até a segurança da ONU, na COP30, para solicitar apoio. Quando retornou ao local, o prefeito de Parauapebas também retornou. Neste segundo momento, Max viu o prefeito desferir um tapa no rosto de Wesley. “Não tem como ele negar tudo isso. Ele pode ir pra rede social negar, ele pode fazer chacota, pode até acusar de estarmos mentindo, mas é a palavra dele contra várias pessoas que estavam envolvidas nesse grande evento”, reforça.

Sousa está esperançoso que Justiça fará o seu papel. “Eu estou com essa esperança porque muita gente viu. Eu não sou a única testemunha, outros veículos, colegas de outras emissoras, também acompanharam toda a cena e até se colocaram à disposição para serem testemunhas. Então, a verdade está escancarada. E à medida que o tempo passa, o tempo dele também vai acabando. Eu creio que a justiça vai ser feita”, destacou.

A Prefeitura Municipal de Parauapebas foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

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