PF cumpre mandados de busca e apreensão no Pará e investiga quadrilha de contrabandistas
11 mandados foram cumpridos em Belém e Ananindeua, na manhã desta terça (27). Organização criminosa movimentou cerca de R$ 185 milhões em menos de dois anos

A Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Belém e Ananindeua, na manhã desta terça-feira (27), referentes à Operação Falsos Heróis, que investiga atividades de uma organização criminosa acusada de contrabandear cigarros e produtos falsificados. Segundo a polícia, somente entre os anos de 2018 e 2019, a quadrilha movimentou cerca de R$ 185 milhões.
Além do Pará, os policiais federais estão cumprindo 26 mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva nos estados do Rio Grande do Norte (Areia Branca, Tibau e Mossoró) e São Paulo (capital). Também foi determinado o cumprimento de medidas cautelares com relação a outros nove investigados, bem como o sequestro judicial de 22 contas bancárias.
De acordo com a PF, as investigações identificaram a existência de uma organização criminosa bem estruturada, cujo modus operandi consiste no transporte naval de produtos contrabandeados (cigarros, vestuário e equipamentos eletrônicos falsificados) com origem do Suriname, os quais são internalizados de forma clandestina em pontos da costa dos municípios potiguares de Areia Branca, Porto do Mangue e Macau, sendo posteriormente transportados para diversos estados, principalmente São Paulo, onde são comercializados em locais notadamente conhecidos por esta prática.
Dentre os investigados, constam empresários, policiais civis do Rio Grande do Norte, além de um secretário municipal da cidade de Areia Branca (RN). Os crimes imputados são os de contrabando qualificado (art. 334-A, §3º, CP) e organização criminosa armada (art. 2º, § 2º, e § 4º, incisos II e V, da Lei 12.850/2013), cujas penas, somadas, podem ultrapassar vinte e três anos de prisão.
O nome “Falsos Heróis” faz referência ao batismo das embarcações utilizadas para o transporte de mercadorias contrabandeadas (Ex: Thor, Hulk e Capitão América), bem como ao envolvimento de policiais civis que atuavam principalmente fornecendo segurança às operações logísticas de transbordo e transporte dos produtos contrabandeados.
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