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PC investiga estelionato e desvio de patrimônio de mulher vítima de suposta seita religiosa em Belém

O inquérito da Polícia Civil que investiga a morte de Flávia Cunha Costa já foi concluído e remetido à Justiça

O Liberal
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A Polícia Civil do Pará (PCPA) abriu um inquérito para investigar o estelionato e desvio de patrimônio de Flávia Cunha Costa, de 42 anos, vítima de abusos em uma suposta seita religiosa em Belém. Os principais suspeitos de envolvimento na morte dela, o casal Marcelle Débora Ferreira Araújo, de 51 anos, e Ronnyson dos Santos Alcântara, de 50, continuam presos preventivamente pelos crimes de violência psicológica e maus-tratos com resultado morte.

Segundo a PCPA, o inquérito relacionado à morte de Flávia já foi concluído e remetido à Justiça. A família aponta que ela foi vítima de violência psicológica, maus-tratos e exploração financeira. Por cerca de 11 anos, a vítima esteve ligada ao grupo, que impunha rígido controle emocional e isolamento dos fiéis em relação a familiares e amigos.

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“A Polícia Civil informa que o casal continua preso preventivamente pelos crimes de violência psicológica e maus-tratos com resultado morte, investigados pela Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). O inquérito foi finalizado e remetido à Justiça. Foi instaurado outro inquérito na DEAM para investigar o estelionato e o desvio de patrimônio da vítima”, informou a instituição em nota.

Suspeita controlava o dinheiro das vítimas, diz polícia

No dia da prisão dos dois suspeitos, que ocorreu no dia 4 de julho deste ano, a delegada Bruna Paolucci, titular da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), conversou com a imprensa e disse que Marcelle controlava o patrimônio de Flávia e de outras três pessoas, que já estavam fragilizadas, manipulando-as a partir de narrativas religiosas.  

As outras três vítimas, conforme a polícia, eram um casal e a filha deles que moraram na casa dos suspeitos por três anos, passando pelas “mesmas circunstâncias que a Flávia”, realizando trabalhos domésticos e repassando o dinheiro do trabalho para financiar as obras da igreja. Essas três pessoas conseguiram fugir da igreja.

O caso

Flávia Cunha Costa, bacharel em secretariado executivo, teve sua vida marcada por uma série de crimes envolvendo abusos psicológicos e exploração financeira em uma suposta seita religiosa que operava em Belém.

No dia 18 de junho, ela foi encontrada no Pronto-Socorro do Guamá em estado grave, desnutrida, desidratada e sem documentos. Sob a alegação de que a vítima era apenas uma vizinha, os responsáveis a deixaram desacompanhada, e Flávia morreu no dia seguinte. Sem identificação, seu corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) como indigente.

A família reconheceu a ausência de Flávia e, após investigação, registrou denúncia na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), que descobriu outras vítimas sujeitas a violência psicológica e maus-tratos.

O grupo religioso, liderado por um casal que se autodenominava líder espiritual, exercia controle financeiro e psicológico severo sobre seus seguidores. Os suspeitos foram presos preventivamente e o caso segue sendo apurado pelas autoridades.

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