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Paraense presa na Indonésia: interrogatório de Manuela será na terça-feira (2)

Jovem deve tentar demonstrar que não é traficante, mas que foi coagida, diz defesa

O Liberal

Será na próxima terça-feria, 2, o interrogatório da paraense presa na IndonésiaManuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos. Ela foi detida no país asiático no dia 31 de dezembro de 2022, no aeroporto de Bali, carregando quase 3kg de entorpecente. De acordo com as alegações da defesa e da família da jovem, Manuela foi usada como 'mula do tráfico', sem saber o conteúdo do que carregava. É esta a versão com a qual a defesa espera que a justiça indonésia se convença para que a jovem não receba as condenações mais rígidas do país para o crime, que seriam a prisão perpétua ou pena de morte.

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A previsão do advogado Davi Lira é de que ele converse com a jovem nos próximo dias

O advogado de defesa de Manuela, Davi Lira, conta que, desde a prisão, a jovem segue no presídio Feminino de Kerobokan, em geral, incomunicável. Quando entra em contato com a cliente, ele menciona que ela parece com medo, mas - de modo geral - bem. A apreensão neste momento é para que Manuela consiga convencer a justiça de que não estava tranficando drogas para o país asiático: "A gente pretende demonstrar que a Manuela não é narcotraficante, mas foi usada e coagida", afirma Davi Lira.

Apesar de ter essa esperança, Davi acha muito diíficl que Manuela não tenha nenhuma condenação, uma vez que as penas para crimes relacionados ao tráfico de drogas costumam ser mais severas na Indonésia do que no Brasil: "A Indonésia é um pais muito rígido, então dificilmente ela vai sair sem pena, mas a gente espera que ela consiga sair ainda com vida e juventude, para trabalhar e usufruir da vida", comenta Davi.

A família de Manuela acompanha com apreensão do processo daqui, de Belém, e diz estar muito abalada para conceder entrevista no momento. A tia da jovem, Luiza Araújo, acredita que a jovem foi envolvida em um esquema de tráfico por meio da promessa de uma viagem para Indonésia, onde teria aulas de surf, tendo apenas que levar uma 'encomenda' até o país. "A única coisa que sei é que a Manu não é uma traficante. Tem muita 'gente grande' envolvida", diz Luiza.

Rembre o caso da paraense presa na Indonésia
 

Manuela era moradora do bairro do Guamá, em Belém, capital paraense, mas também tinha casa em Santa Catarina, onde mora a mãe. No dia 27 de janeiro ela foi indiciada por tráfico de drogas, após ter desembarcado em Bali, na Indonésia, com quase 3kg de entorpecentes.

O advogado dela, Davi Lira da Silva, alegou que ela foi usada como 'mula do tráfico', enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe para ela no país asiático.

"Ela passou no aeroporto no Brasil e no Catar. Quando foi do dia 31 [de dezembro] para o dia 1º [de janeiro], foi detida no aeroporto da Indonésia", relatou o advogado. "Ela foi usada como 'mula', termo bem comum no Brasil. Na Indonésia, usaram o termo 'atravessadora'", completou.

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