'Muralha Estadual': PC prende mais de 200 pessoas durante operação no Pará
Foram cumpridos mais de 350 mandados judiciais, incluindo ordens de prisão e de busca e apreensão
A Polícia Civil prendeu 223 pessoas nesta quinta-feira (22/5), em todo o Pará, durante a megaoperação “Muralha Estadual”. A ação visa o combate a crimes variados, como homicídios, tráfico de drogas, roubos, estupros e outros crimes graves. Foram cumpridos mais de 350 mandados judiciais, incluindo ordens de prisão e de busca e apreensão. Cerca de 1.200 mil policiais civis fizeram parte da operação que acontece através das Diretorias de Polícia Metropolitana (DPM), de Polícia do Interior (DPI), de Polícia Especializada (DPE), de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).
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Durante a ação, 34 pessoas foram presas em flagrante e 189 por meio de mandados de prisão preventiva. Além disso, também foram cumpridos 184 mandados de busca e apreensão. Além disso, ocorreu a apreensão de 23 kg de drogas, oito armas de fogo, munições, celulares, cartões bancários, entorpecentes e materiais direcionados à comercialização de entorpecentes no estado.
O governador do Pará, Helder Barbalho, durante coletiva à imprensa, destacou a operação como a maior já realizada no Pará. “Hoje é um histórico para o sistema de segurança do Pará, pois a Polícia Civil do estado, de forma integrada com todas as superintendências e delegacias, deu cumprimento à maior operação da Polícia Civil de toda a história do nosso sistema de segurança pública.
Durante a fala, Helder Barbalho pontuou as ações realizadas no Pará para garantir a segurança pública. “Até hoje, e somando com o ano de 2025, nós já realizamos 2.256 prisões e a apreensão de 326 armas. Além disso, também é importante destacar as sete toneladas de drogas apreendidas até este instante. Isto significa 30% a mais no número de apreensão comparado com o ano de 2024, que já era o ano de maior nível de apreensão de entorpecentes da história do Estado. Com esta operação, nós chegamos a 667 operações da Polícia Civil no ano de 2025, o que representa um aumento de 20% no número de operações comparado com o mesmo período de 2024”, disse o governador.
Prisões em todo o estado
Além das prisões estaduais, também foram presos dois líderes de uma facção criminosa, nos estados de Brasília e Manaus, além de mais duas prisões em Curitiba. De acordo com a PC, foram cerca de 30 dias de investigações e solicitações de mandados de prisão e de busca e apreensão. O delegado-geral adjunto, Temmer Khayat, reforça que houve suspeitos presos em praticamente todo o território paraense.
"Tivemos prisões nas 13 regionais do interior, desde Marabá, Altamira, Castanhal, Capanema e Tucuruí. Dentro dos 144 municípios, praticamente, em todo o estado, tivemos pelo menos uma prisão em cada uma dessas cidades. Tivemos também muitas buscas e apreensões. Essas buscas e apreensões e prisões preventivas precisam ser analisadas pelo poder judiciário. Algumas não saíram a tempo de serem cumpridas hoje [quinta-feira]", relatou Khayat.
"As [determinações] que forem saindo ao longo da semana também vão ser cumpridas dentro do escopo dessa investigação, dessa operação. Mas que acabaram não sendo apreciadas a tempo pelo poder judiciário. E, assim que forem deferidas, serão cumpridas também", completou o delegado.
Resposta à população
Para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Ualame Machado, o trabalho das forças policiais mostra o esforço para dar uma resposta à população. “Essa operação demonstra, mais uma vez, a presença do estado e o forte trabalho realizado pelas forças de segurança, que vêm garantindo a repressão dos crimes e a desarticulação de grupos criminosos que tentam se manter com essas práticas no Pará. Ressaltamos que vamos seguir investindo na qualificação dos agentes e no trabalho investigativo, para prevenir os crimes, mas também identificar, prender e desarticular grupos criminosos em nosso estado, garantindo a segurança e paz dos paraenses”, afirmou.
Além das apreensões, a operação teve como foco a prisão de líderes e membros estratégicos das organizações criminosas. Ualame Machado ressaltou a importância de combater tanto o tráfico em larga escala quanto o local, que impacta diretamente a vida das comunidades. "Por um lado, desarticulamos financeiramente as organizações com grandes apreensões; por outro, combatemos o tráfico do varejo, que afeta diretamente os bairros e cidades do nosso estado", frisou.
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