Mulher responsável por ‘caixinha’ de facção criminosa é condenada a 20 anos de prisão no Pará
As investigações apontaram que a ré Luene Patrícia Lobato Borges teria participação ativa nos chamados “Tribunais do Crime”
Luene Patrícia Lobato Borges foi condenada, nesta quinta-feira (15), a 20 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de associação para o tráfico de drogas e por pertencer à organização criminosa Comando Vermelho. A sentença foi proferida pela Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). A pena deverá ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.
De acordo com o inquérito policial, na cidade de Bragança, Luene realizava a cobrança para a facção de uma taxa denominada “caixinha”. Era um valor mensal, hoje estipulado em torno de R$ 100, que cada “boca de fumo” deveria pagar.
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As investigações também apontaram que Luene já possuiu o cargo, dentro da organização criminosa, de “Disciplina da Invasão Julia Quadros” e “Disciplina das Dívidas de Bragança”, ou seja, ela teria participação ativa nos chamados “Tribunais do Crime”, com direito a voto em decisão colegiada, quando algum integrante adotava uma postura individual considerada inadequada.
Foi negado à ré o direito de recorrer em liberdade. “Ancorado nas provas produzidas sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, corroboradas pelas provas colhidas em sede inquisitorial, inclusive as extrações de dados constantes do feito e em fontes abertas tais como facebook, que estão harmônicas, ressai que não restam dúvidas quanto a prática delitiva da ré do crime de integrar a perigosa organização criminosa comando vermelho, ocupando vários cargos de destaque na mesma”, destaca a decisão.
Sobre o envolvimento com o tráfico, a decisão destaca que “de acordo com as provas colhidas, restou também cabalmente configurado que a ré se associou, de maneira estável e permanente, para cometer os crimes de tráfico de drogas”.
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