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Mulher com transtorno mental sofre assédio sexual em plena João Paulo II

O casal que socorreu à vítima a levou para a UPA da Cidade Nova, onde ela foi diagnosticada com epilepsia e segue internada

Redação Integrada

Por volta das 12h40 desta quarta-feira, de Natal (25), a recepcionista Jaqueline Oliveira de Miranda, e o esposo dela, chegando em Belém, vindos de Castanhal, salvaram de uma violência eventualmente ainda mais grave, uma mulher, só identificada pelo prenome de Paula Fernandes, que visivelmente doente, estava deitada no meio-fio da avenida João Paulo II, próximo ao viaduto do Coqueiro. Ela estava sendo abusada por um homem que assim que o casal parou o carro, logo se afastou da vítima, tentou desconversar e ainda se disse amigo da jovem, que minutos antes a assediava em plena via pública, sem que ela manifestasse qualquer reação.

O casal que assistiu o abuso sexual e socorreu Paula, que aparenta ter 30 anos de idade, acabou levando-a para atendimento médico na Unidade de Pronto-Atendimento da Cidade Nova, após insistir por mais de duras horas junto ao Corpo de Bombeiros e o Serviço Samu - 192, e ter como retorno que não havia ambulâncias para atender o chamado, em questão.

"Para ser sincera, se nós estivéssemos passado e ela estivesse só desacordada, nós talvez não tivéssemos parado o carro. Mas esse homem estava mexendo na calcinha dela. Eu vi. Então falei para o meu marido, demos o contorno lá em cima e voltamos para ajudá-la. Não podíamos deixá-la, ali'', contou Jaqueline Miranda.

A trabalhadora também informou que ligou várias vezes para os Bombeiros e para o Samu 192, mas não conseguiu ajuda de nenhuma das instituições prestadoras de serviço de resgaste e emergência. "Eu ligava e eles diziam que não tinham ambulâncias. Aguardava mais tempo, ligava de novo, e eles sempre dizendo que não tinham ambulâncias.

A reportagem da redação integrada também falou com o Samu 192 e ouviu da servidora plantonista, por volta das 13h30, e das 14h, que de fato, não havia viaturas para socorrer Paula Fernandes.

"Ela tem muitos sinais de mutilação pelo corpo e já teve várias crises de epilepsia, (doença neurológica que se manifesta por crises de perda da consciência, acompanhadas de convulsões, que surgem em intervalos irregulares de tempo). É um caso grave de problema social e de saúde pública'', disse a enfermeira Liliana Cavalcante, uma das profissionais que acolheu Paula Fernandes, na UPA, da Cidade Nova.

Próximo das 18h, Paula Fernandes continuava na UPA, onde já havia tomado banho e seguia em observação sobre uma maca num dos setores da unidades de saúde. "Já acionamos nosso serviço de Assistência Social. Ela só vai sair daqui quando retomar sua consciência, tiver condições para isso. Ela está em total estado de desorientação. Não diz nada e já teve várias crises de epilepsia nesse pouco tempo em que está com a gente'', afirmou a enfermeira.

"É muita falta de humanização e empatia. Não podíamos virar as costas para ela, nós fizemos o que podíamos pelo menos por hoje. Isso sim é Natal, para mim, tentar ajudar o outro'', observou a recepcionista Jaqueline Miranda.

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