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Moradores denunciam ação violenta em Benevides, no cerco a suspeito de matar policial

Segundo os relatos, policiais estariam invadindo casas sem apresentar mandados, ameaçando e detendo inocentes e revirando residências em busca de informações

João Paulo Jussara
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Moradores de áreas próximas de onde ocorre a operação conjunta de diversas forças de segurança pública, há mais de três dias, em Benevides, para localizar um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do sargento Gilvandro Valentin Ferreira, ocorrido na última segunda (21), denunciam suposto abuso de autoridade por parte da polícia. Segundo os relatos, policiais estariam invadindo casas sem apresentar mandados, ameaçando e detendo pessoas sem relação com o caso, bem como revirando residências em busca de informações.

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"Desde que essa operação iniciou, começou um inferno na nossa família". O relato é de uma moradora de Benevides, que afirma que já teve a residência invadida duas vezes por policiais. Segundo ela, os militares não teriam apresentado mandados de busca e apreensão.

"Eles [os policiais] estão entrando sem mandado em várias casas e quebrando tudo. Na casa da minha família entraram e quebraram várias coisas, geladeira, TV, quebraram tudo", afirma uma moradora. Ela diz que sua família não possui nenhuma relação com a morte do sargento Valentin e pede que a polícia pare de entrar em sua residência.

"Desde que essa operação iniciou, começou um inferno na nossa família. Os policiais estão entrando sem mandado em várias casas e quebrando tudo. Na casa da minha família entraram e quebraram várias coisas, geladeira, TV, quebraram tudo", afirma uma moradora. Ela pede que a polícia pare de entrar em sua residência

image Moradores dizem que policiais quebraram armários e eletrodomésticos (via redes sociais)

PM diz que precisa 'manter contato direto com moradores'


Um outro morador contou à reportagem que a situação se repete em várias casas próximas da área onde as buscas estão sendo realizadas há mais de 36 horas. "Todo mundo que passa na rua é abordado, já levaram gente inocente presa. Eles estão invadindo as casas, gente que nem conhecia esse rapaz tá sendo obrigada a ver a polícia nas suas casas", afirma. "A comunidade está revoltada por conta disso".

"Todo mundo que passa na rua é abordado, já levaram gente inocente presa. Eles estão invadindo as casas, gente que nem conhecia esse rapaz tá sendo obrigada a ver a polícia nas suas casas. A comunidade está revoltada por conta disso", diz outro morador

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar do Pará (PMPA) informou, em nota, que tropas do Comando de Missões Especiais (CME) e do Comando de Policiamento Metropolitano (CPRM) se encontram em diligências desde o último dia 21, na área de mata em Benevides onde houve confronto da polícia com um dos suspeitos de participar da morte do sargento Valentin.

"Com o fechamento do cerco ao comparsa, que é de alta periculosidade e tudo indica está armado, os militares precisam manter contato direto com os moradores das residências da área a fim de orientá-los sobre a presença do criminoso às proximidades, bem como verificar se os cidadãos não estão sob ameaça, uma vez que o criminoso está perdendo espaço e poderá procurar abrigo em uma das residências, como ocorreu com o primeiro capturado no local", informou a PM.

Ainda de acordo com a PM, qualquer cidadão na área poderá procurar o comandande da operação, Comandante do CME, que se encontra permanentemente no local, a fim de relatar ou ser  esclarecido sobre qualquer procedimento da tropa na região.

A redação integrada de O Liberal dá orientações de como denunciar abusos de autoridades policiais. Confira.

image Operação já dura mais de três dias (Akira Onuma/ O Liberal)
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