Menino de dois anos morre após atendimento em Oeiras do Pará e família aponta erro
Os familiares registram boletim de ocorrência e o caso será investigado pela delegacia do município

Uma criança de apenas 2 anos teve uma parada cardíaca e morreu no último dia 22 de setembro, em Oeiras do Pará. A família pede justiça, pois acredita que o pequeno Arthur Marthin foi vítima de erro médico. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Oeiras do Pará. A Polícia Civil informa que um inquérito policial foi instaurado sob sigilo para apurar as causas da morte.
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A mãe da criança, Jéssica Barreto Vieira, informou à polícia que seu filho caçula estava com quadro de vômito e diarreia e no dia 18 de setembro deu entrada no Hospital de Pequeno Porte de Oeiras do Pará. Na quarta-feira (20), pela manhã, a criança recebeu alta médica, mas, mesmo antes de sair da unidade de saúde voltou a ter sintomas e ficou na enferamria para avaliação.
Nesse mesmo dia, à noite, a criança recebeu uma aplicação injetável de potássio e teve reação ao medicamento. Conforme está no boletim de ocorrência, Jéssica descreve o momento em que dois estagiários fazem a aplicação do medicamento. A estagiária estaria nervosa e seu colega teria se oferecido para aplicar a injeção.
Em meio a medicação, Jéssica disse que presenciou o momento em que o filho começou a ficar roxo e mandou que interrompesse a medicação. Ela disse que a criança desmaiou e ficou sem respirar. O menino foi levado para outra sala, para ser reanimado, mas por conta do desespero da mãe os médicos permitiram que ela ficasse perto da criança.
Kelly Almeida de Souza, é advogada da família da criança, e diz que os pais do menino Arthur apontam como erro em decorrência de a criança ter apresentado quadro estável e, inclusive, ter recebido alta médica. “Ela entende que a medicação foi dada de forma errada, por isso, avalia como erro. Ela percebeu o nervosismo dos estagiários. E ela disse que foi instatâneo que a criança tomou o medicamento e teve a parada cardíaca”, pontua a advogada.
Durante a madrugada, a mãe disse que a criança começou a apresentar uma hemorragia oral. Na quinta-feira (21), os médicos de plantão informaram à família da criança que o quadro era grave. Nesse mesmo dia, a criança foi transferida para o município de Breves e, na sequência, foi enviado de avião a Belém, onde foi internado na Santa Casa de Misericórdia.
Arthur Marthin chegou em Belém às 19h e, na madrugada do dia 22 teve uma nova parada cardíaca. Uma médica da Santa Casa chegou a citar que a criança estaria com quadro de peneumonia, mas a informação ainda não foi confirmada, pois o prontuário ainda não foi entregue à família. A equipe médica tentou reanimar a criança, mas ela não resistiu e veio à óbito.
A advogada completa que a investigação criminal está em andamento, os pais fizeram o boletim de ocorrência, o delegado já começou a ouvir as partes envolvidas e testemunhas. O inquérito ainda não foi fechado. E a família também aguarda o prontuário da Santa Casa, onde a criança também foi atendida.
A reportagem segue em contato com a Santa Casa de Misericórdia e com a Secretaria de Saúde de Oeiras do Pará para obter mais detalhes do ocorrido.

Protesto
No último sábado (30), familiares e amigos da família do menino Arthur fizeram protesto em vários pontos da cidade de Oeiras do Pará com o pedido de providências. As pessoas saíram em caminhada e fizera paradas em frente ao hospital e a delegacia da cidade.
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