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Marabá: buscas por jovem desaparecida no Rio Tocantins já envolvem familiares e pescadores

Raissa Ferreira da Silva saiu de casa para fazer um trabalho de escola e não sabia nadar; família critica trabalho do Corpo de Bombeiros

Tay Marquioro
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Familiares e pescadores estão mobilizados de ontem (17) fazendo verdadeiras varreduras pelo Rio Tocantins, próximo à orla de Marabá, no sudeste do Estado. Eles buscam identificar o paradeiro da jovem Raissa Ferreira da Silva, de 14 anos, que desapareceu após pular nas águas. “Começamos a procurar por ela ainda ontem, mas anoiteceu e paramos. Hoje, a gente está desde as 6h30 com os barcos na água procurando por ela”, disse o vigilante Geilson Moura da Silva, tio da menina.

Mesmo com o trabalho incessante e independente do Corpo de Bombeiros, a família já não tem esperança de encontrá-la com vida. A expectativa é pelas próximas horas é grande, já que por volta das 14h30 completa 24 horas do desaparecimento. É quando o corpo pode flutuar. “Foi mais ou menos nessa hora que a colega dela foi até a casa da avó da Raissa informar que ela tinha pulado no rio e não tinha sido mais vista”, detalha Geilson. “Desde então, a gente reuniu os conhecidos, gente que conhece bem o rio, jogamos as tarrafas, porque ela poderia estar precisa em algum galho no fundo, mas infelizmente, até agora, nada”.

Nesta época de cheia dos rios, ver crianças e adolescentes se aventurem a pular da orla para se banhar nas águas é uma cena considerada comum. Até os assentos dos bancos espalhados pela orla, mesmo feitos de concreto e pesados, podem virar apoio para os saltos. O problema é que também nesse período de chuvas as correntezas ficam mais fortes e o que era para ser uma brincadeira acaba se tornando uma prática perigosa.

Segundo a família da adolescente, Raissa teria saído de casa para fazer um trabalho escolar na Biblioteca Orlando Lima Lobo, que é próximo a orla da cidade. Ela foi vista pela última vez tomando banho com outros dois adolescentes na escadaria que dá acesso ao embarque de rabetas. No local, ficaram apenas as sandálias da garota.

Testemunhas contaram à polícia que chegaram a ver os três adolescentes se banhando na área. Em dado momento, esses jovens subiram a escada para mais um salto. No entanto, Raissa Ferreira da Silva, não sabia nadar. Ela pulou no rio e afundou nas águas. Então, os jovens que estavam na orla pularam para tentar encontrá-la, mas não conseguiram encontrar nada. Guarnições da 1ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) permaneceram no local do fato, até a chegada dos bombeiros.

Críticas aos Bombeiros

Logo nas primeiras horas da manhã dessa quinta-feira (18), nossa equipe de reportagem esteve no local onde a menina desapareceu e não encontrou nenhum homem do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. A equipe retomou as buscas apenas às 10 horas, quando o grupo de pescadores já se organizava para mais uma varredura. “Nós nos reunimos, compramos gasolina para os barcos e percorremos o rio. Mas o que a gente queria era que os Bombeiros viessem com equipamento, mergulhassem, fizessem um trabalho mais rigoroso, mas a gente sabe que eles não têm estrutura para isso”, declara Geilson. “Não é a primeira vez que isso acontece, o Corpo de Bombeiros sempre diz que não tem equipamento, que não tem estrutura para esse tipo de situação. Se for esperar por eles, não vamos encontrar a Raissa tão cedo”.

Na sede do 5º Grupamento Bombeiro Militar, em Marabá, o Tenente Rodrigo Ávila confirma que as buscas feitas na região foram apenas superficiais e que uma equipe de mergulhadores já saiu de Belém para auxiliar nas buscas. “A previsão é que eles cheguem aqui por volta das 13 horas. Essa demora se deu porque essa equipe estava atendendo a outra situação em Jacundá”, disse, se referindo ao município que fica a 100 quilômetros de Marabá.  

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