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Liderança do Movimento dos Atingidos por Barragens em Tucuruí é assassinada

Ela foi morta junto com esposo e outros familiares

A coordenadora regional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) de Tucuruí (PA), Dilma Ferreira Silva, foi assassinada desta sexta-feira (22) junto com seu esposo e outro familiar. A informação foi divulgada em nota pelo MAB. Segundo informações da Polícia Militar, a liderança do MAB, seu companheiro e outro familiar teriam sido executados a tiros por dois homens que chegaram a pé ao assentamento rural Renato Lima, à altura do Km 50 da rodovia Transcametá, localizada na região do Baixo Tocantins, no município de Baião, no Pará.

"O MAB ainda não sabe ao certo o número de pessoas assassinadas e nem os motivos do crime. (…) É mais um momento triste para a história dos atingidos por barragens que o dia de hoje celebravam o dia internacional da água", diz a nota publicada pelo movimento. "O MAB exige das autoridades a apuração rápida deste crime e medidas de segurança para os atingidos por barragens em todo o Brasil".  

Em 2011, Dilma participou de audiência com a então presidenta da República Dilma Rousseff entregando documento onde pedia uma política nacional de direitos para os atingidos por barragens e atenção especial as mulheres atingidas.  

 Polícia Militar informou que, por volta das 10h de ontem, o Centro de Operações foi informado que três pessoas tinham sido assassinadas na área, por disparos de arma de fogo no assentamento rural Renato Lima.

A informação foi repassada à Seccional de Polícia Civil do município e, de imediato, equipes da PM, Delegacia de Conflitos Agrários da Polícia Civil e Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves se dirigiram ao local informado para investigar o fato.

A  Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) ainda está levantando informações sobre o crime.

O assassinato da liderança do MAB teve ampla repercussão nas redes sociais e gerou revolta."Que brutalidade! Exigimos apuração rigorosa sobre mais este crime. Precisamos dar um basta na impunidade que alimenta o ciclo da violência. Total solidariedade à Dilma, sua família e aos companheiros e companheiras do MAB. Queremos Justiça!", lamentou o deputado federal Edmilson Rodrigues. "É com muito pesar e com muita indignação que recebo a notícia do brutal assassinato de Dilma Ferreira Silva e sua família, num crime de perseguição política para calar a voz de uma militante que dedicava sua vida à lutar por justiça, defendendo famílias pobres, de negros e índios. A turma da Casa Grande iniciou uma guerra, e nesse momento, nós estamos perdendo, de luto, enterrando nossos mortos", indignou-se, em nota, o deputado federal Jorge Solla.

A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, através do Presidente da Comissão Deputado Bordalo (PT-PA), também manifestou repúdio ao assassinato de Dilma. "A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor espera que este caso não esteja relacionado a mais um crime contra defensores e lideranças de movimentos que lutam por justiça social na Amazônia, contudo caso, durante a apuração se verifique que tenha relação, a Comissão não medirá esforços para apuração do crime e responsabilização dos executores e mandantes", enfatizou a nota.  

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