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Justiça mantém prisão de todos os envolvidos na Chacina do Guamá

Redação Integrada

Em decisão anunciada nesta noite de segunda-feira (16), a Justiça do Pará decidiu pela pronúncia dos réus, ouvidos hoje, em mais de 12 horas de audiência, mantendo as prisões de todos os oito homens acusados de participar da 'Chacina do Guamá'. O juizo acatou parcialmente a decisão da promotoria que pediu a impronúncia de Jaison Serra, o proprietário da padaria "Esquina do Pão'', considerada, a princípio, ponto de encontro do grupo que planejou o crime em 19 de maio de 2019, no bairro do Guamá. 

A última audiência do caso havia ocorrido em 27 de novembro, o juiz determinou que fossem apresentadas as testemunhas faltosas da defesa ou a dispensa dessas pessoas. Os acusados pelo crime também foram interrogados hoje (16), última data para que as alegações da defesa e acusação fossem feitas. 

O QUE DISSERAM OS ACUSADOS

Na audiência desta segunda-feira (16), os réus falaram em interrogatório. O primeiro foi Pedro Josimar Nogueira, o Cabo Nogueira, que negou a acusação, dizendo que no dia do crime estava fazendo um trabalho no Porto do Arapari, do outro lado - não em Belém -, para orientação da ponte que tinha caído. 

O segundo a falar foi José Maria Noronha, o Cabo Noronha, PM reformado, que também negou a autoria do crime. Ele alegou que estava em sua casa, em Tracuateua, no horário da chacina. O acusado disse acreditar que a sua identificação como envolvido no caso foi um equívoco da justiça, pelo grande número de "Noronhas" que existem na PM.

José Maria afirmou ter uma casa em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, mas que estava fechada na data e que a Polícia e a Corregedoria quebraram a porta da residência. "Estava alugada e não deu certo", afirmou. Por fim, ele disse que tem depressão psicótica e por isso foi reformado da corporação. 

O terceiro interrogado foi Leonardo Fernandes de Lima, Cabo Leo. Assim como os outros dois, ele negou envolvimento, disse que não conhecia os outros militares. O Cabo frequentava a padaria que, segundo a investigação, era usada de ponto de encontro dos PMs para a organização do crime. Cabo Leo disse também que ia ao local porque "tinha um bom açaí e sorvete para as crianças e minha esposa e meus dois bebês comíamos lá algumas vezes só". 

Welington Almeida Oliveira, o Cabo Welington, foi o quarto interrogado. Ele é acusado de ter dado apoio à ação, participando como olheiro do grupo. Ele negou a participação e garantiu que ia ao bar por ser amigo de Wanda, a proprietária do estabelecimento onde ocorreu a chacina, também morta. O Cabo afirmou que conviveu com a filha da vítima por 10 anos. Ele confirmou que estava no bar, onde chegou ao meio-dia e saiu por volta das 14h, mas nunca viu venda ou uso de drogas no local. O cabo disse ainda que Wanda era amiga de vários policiais.

Após uma pausa, a audiência continuou com o interrogatorio de Edivaldo dos Santos Santana, agente de portaria de uma escola próxima do bar da Wanda. Segundo o TJPA, o porteiro cobriu a placa do carro vermelho visto passando pelo bar e estava dirigindo o veículo que deu fuga ao bando. 

Após essa sequência, depôs o proprietário da padaria "Esquina do Pão'', Jaysson Costa Serra. Foi na padaria que os envolvidos teriam se reunido para arquitetar a ação no bairro do Guamá. Jaysson aparece em imagens da câmera de segurança na manhã do crime, e além disso, a polícia identificou mensagens em que ele negociava armas. Em interrogatório, Jaysson disse que foi à padaria levar trigo ao empregado. Sobre as mensagens negociando armas com pessoas, alegou ser integrante de um grupo de atiradores esportivos. O dono da padaria disse que entrava e saia da Polícia Federal (PF), por vender comida da padaria, e por isso sabia de procedimentos para requerer posse de arma.

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