CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X
logo jornal amazonia

Jurídico do Grupo Liberal toma medidas após cárcere privado de equipe da TV Liberal

Jornalistas viveram momentos de pânico dentro de uma igreja Assembleia de Deus, no bairro Curió-Utinga, durante uma reportagem sobre chuvas em Belém

Redação Integrada
fonte

O setor jurídico do Grupo Liberal já toma as medidas judiciais cabíveis após o caso de cárcere privado que envolveu a repórter Nathalia Kahwage e o cinegrafista Wanderley Prestes, ambos da TV Liberal. A equipe viveu momentos de pânico dentro de uma igreja Assembleia de Deus, no bairro Curió-Utinga, em Belém, durante uma reportagem sobre chuvas na capital no último sábado, dia 17. 

De acordo com Bethânia Macedo, advogada interina do Grupo Liberal, ao longo desta terça-feira, 20, a equipe de advogados da empresa irá até a Delegacia da Pedreira, onde foi registrado um boletim de ocorrência sobre o caso, para verificar quais medidas cíveis poderão ser tomadas. 

Uma nota de repúdio sobre a atitude repressiva, que foi lida durante exibição do Jornal Liberal 2ª Edição, destaca que a empresa tem acompanhado as condutas delituosas praticadas contra a equipe de reportagem durante o livre execício da profissão. 

O comunicado ressalta que, "ante os fatos ocorridos no último sábado quando nossa equipe de reportagem foi agressivamente tolhida de realizar uma matéria jornalística, ou seja, no exercício da liberdade constitucional de imprensa, cujo mote era, tão somente, o resultado da ventania que assolou o bairro no Curió Utinga, o departamento jurídico da TV Liberal informa que está tomando as medidas judiciais cabíveis ao caso, bem como, está acompanhando a apuração das condutas delituosas praticadas contra a repórter Natália Kawage e do cinegrafista Wanderley Prestes junto à delegacia de polícia da seccional da Pedreira, local onde o BO foi registrado".

O Sindicato dos Jornalistas do Pará também se pronunciou sobre o episódio e emitiu nota de repúdio à agressão sofrida pelos dois profissionais, o que, segundo a entidade, constitui "gravíssima violação de seus direitos de ir e vir, do livre exercício da profissão e liberdade de imprensa". 

O Sinjor requer às autoridades competentes providências, "na forma mais urgente e exemplar, no sentido de punir os responsáveis, ao mesmo tempo em conclama a sociedade paraense a se manifestar contra esse atentado ao o livre exercício da atividade jornalística, e que fere um dos direitos universais do cidadão."

Também nesta segunda-feira, a Igreja Assembleia de Deus no Utinga se pronunciou com relação à denúncia feita pelos dois profissionais da TV Liberal. Por meio de nota  assinada por Joniel Abreu, que seria advogado da congregação do Utinga, a liderança da igreja argumenta que foi orientada pelo Corpo de Bombeiros a impedir o acesso de pessoas no andar que era coberto pelo telhado levado pela força do vento, até que os estragos fossem avaliados para ver se havia comprometimento da estrutura do local.

Ainda segundo a nota, "foi nesse contexto que a jornalista da TV Liberal chegou na Igreja dizendo que recebeu autorização para entrar e querendo subir ao local que teve o telhado levado pelo vento", e que não autorizou e nem poderia autorizar a equipe a subir, "por questões de segurança."

A liderança da igreja declara ainda ter ficado surpresa ao saber "pelas redes sociais e TV das alegações feitas pela jornalista e acusações num boletim policial". E afirma que a "instituição não comunga com nenhum tipo de violência e que respeita as atividades laborais de cada profissional, onde se inclui a atividade jornalística". 

Nega também ter havido qualquer tipo de agressão e ressalta que, "caso a repórter tenha tido um outro entendimento as orientações das lideranças, para garantir sua própria segurança, pedem desculpas publicamente, pois nunca foi interesse criar problemas ou dificuldades ao exercício da atividade jornalística."

Entenda o caso

Após a Defesa Civil informar que uma ventania destelhou o templo evangélico e as telhas atingiram quatro casas da vizinhança, os repórteres entraram na Assembleia de Deus para mostrar as instalações. Segundo o boletim de ocorrência, registrado por Nathalia e Wanderley na delegacia seccional da Pedreira, os dois entraram na igreja com autorização de uma pessoa que se identificou como obreiro. Quando eles estavam no terceiro andar do templo fazendo imagens, um homem que se intitulou presidente e pastor da igreja surgiu dizendo que a equipe não autorização para estar no local e que não poderiam sair dali até que a polícia chegasse.

Os profissionais então desceram as escadas, mas no térreo foram impedidos de sair por mais pessoas, que trancaram a porta e fecharam as cortinas do templo. Nathália então argumentou que aquilo se tratava de cárcere privado, o que configura crime, mas isso não fez com que os evangélicos desistissem da ação. As pessoas no local tentavam tirar a câmera de Wanderley, que resistiu e conseguiu deixar o templo a força e pedir ajuda em uma casa vizinha. Só então conseguiu ajuda para tirar Nathália do local.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Polícia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍCIA

MAIS LIDAS EM POLÍCIA