Indígenas bloqueiam trecho da rodovia Transamazônica, em Medicilândia
Cerca de 170 indígenas bloquearam o quilômetro 786, em frente à uma Base de Segurança Territorial da Etnia Arara. Eles cobram o cumprimento da condicionantes do plano básico ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte

Cerca de 170 indígenas de seis tribos bloquearam o tráfego da rodovia BR-230, a Transamazônica, nesta terça-feira (15), no quilômetro 786, em frente à uma Base de Segurança Territorial da Etnia Arara, no município de Medicilândia, no sudoeste do Pará. As informações são da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Os indígenas cobram o cumprimento das condicionantes do plano básico ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que, segundo eles, não teriam sido cumpridas. Entre as condicionantes, a implantação de uma unidade de proteção das aldeias. Uma reunião na tarde desta terça ainda deve definir os detalhes da pauta de reivindicação.
A interdição na rodovia começou por volta das 5h. Uma equipe da Superintendência da PRF no Pará chegou ao local por volta das 11h20. O trecho foi liberado após chegada da equipe, mas voltou a ser fechado por volta das 16h12.
A atualização mais recente da PRF informou que o tráfego foi liberado por volta das 18h30, apenas para a passagem dos veículos que já estavam no local. Em seguida, foi interditado novamente. Ainda não foram informados os nomes das etnias que estão presentes.
Segundo a PRF, a manifestação segue de forma pacífica, mas o congestionamento chegou a 2 quilômetros com interdição total. Em algumas fotos é possível ver que os manifestantes usaram um tronco fino para bloquear a rodovia. Alguns indígenas aparecem sentados e outros em diálogo com a equipe da PRF.
Norte Energia se manifesta
Demandada pela imprensa, a Norte Energia, empresa privada e concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, informou que não recebeu, até o momento, as pautas sobre as reivindicações. A empresa disse que mantém diálogo permanente, aberto e transparente com os povos indígenas do Médio Xingu.
"Que se dá de forma estruturada, respeitosa, inclusiva e participativa por meio de interações diárias mantidas pelo Programa de Comunicação e também de reuniões tripartites, que envolvem a participação de representantes indígenas e do órgão indigenista para discussão e análises das ações em execução", pontou a nota da Norte Energia.
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