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Identificação de corpos encontrados em barco no Pará começa nesta terça (16), em Bragança

De acordo com a PF, documentos e objetos encontrados junto aos corpos apontam que as vítimas eram migrantes do continente africano, da região da Mauritânia e Mali

Saul Anjos
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A identificação dos nove corpos – oito encontrados dentro de uma embarcação e outro localizado próximo a ela – começou nesta terça-feira (16), em Bragança, no litoral paraense, distante 215 km de Belém. O trabalho é realizado pela Polícia Federal (PF), em conjunto com a Polícia Científica do Pará (PCEPA), no Instituto Médico Legal (IML) de Bragança. 

Em uma carreta e sob escolta dos agentes federais, o barco e os corpos foram encaminhados ao IML de Bragança na tarde de segunda-feira (15). De acordo com a PF, documentos e objetos encontrados junto aos corpos apontam que as vítimas eram migrantes do continente africano, da região da Mauritânia e Mali, "não sendo possível descartar a existência de pessoas de outras nacionalidades".

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Carlos Palhares é chefe do Instituto ​Nacional de Criminalística (INC) e tem vasta experiência em Identificação de Vítimas de Desastres (DVI)

Localização dos corpos

O caso chegou ao conhecimento das autoridades no sábado (13), quando pescadores encontraram um barco com vários corpos em decomposição na região do Tamatateua, em Bragança.

O barco, fabricado com fibra de vidro e com cerca de 13 metros de comprimento, foi encontrado sem motores ou quaisquer sistemas de propulsão e direção, ainda segundo a Marinha do Brasil. Além disso, não apresenta sinais de danos estruturais, indicando não ter passado por naufrágio.  As primeiras informações indicavam que seriam 20 corpos, mas essa suspeita foi desconsiderada na madrugada desta terça (16).

Na madrugada, a Polícia Federal, responsável pela investigação do caso, confirmou a localização de nove corpos – dos quais oito foram encontrados junto à embarcação no sábado (13), e o último no dia seguinte, durante o resgate do barco.

O tempo chuvoso e as marés dificultaram a recuperação dos corpos e da embarcação. O trabalho, que durou mais de 16 horas, foi concluído por volta das 23h30 de domingo (14), horário em que a equipe chegou ao porto de Vila do Castelo.

Investigações do MPF

Ainda no sábado (13), data da localização da embarcação, o Ministério Público Federal (MPF) informou que abrirá duas investigações para apurar o caso.

O procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, determinou a abertura de investigação na área criminal e de investigação na área cível, que será realizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para a defesa de direitos humanos.

Uma investigação criminal foca em eventuais crimes cometidos e na responsabilização penal de autores. A investigação cível concentra-se em questões de interesse público e na proteção de direitos que não necessariamente envolvem crimes.

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