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Grupo de falso consórcio é preso em Belém; golpes movimentaram R$ 40 milhões em vários estados

Quatro pessoas foram presas na Operação 'Master Mind', deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Civil

O Liberal
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Nesta quarta-feira, 24, por volta das 6h, quatro pessoas foram presas em Belém por estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O grupo aplicava golpes financeios por meio de falso consórcio. Entre 2020 e 2022, a operação da quadrilha movimentou cerca de R$ 40 milhões. As prisões foram feitas pela Operação "Master Mind" da Polícia Civil do Pará, com objetivo de combater crimes contra o patrimônio envolvendo consórcios.

Nesta ocasição, foram presos os suspeitos Victor Cássio Lima Pereira, Antônio de Sousa Oliveira Júnior, Dolores Ferreira Naiff e Hilary Terezinha Oliveira Conceição. As prisões aconteceram por meio de cumprimento de mandado efetuado pela Delegacia Especializada em Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (DEOF), ligada à Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) da Polícia Civil do Pará (PC). Dentro da operação também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

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O delegado-geral de Polícia Civil, Walter Resende, ressalta que, desde janeiro de 2022, a Polícia Civil vem atuando com rapidez nos casos de crimes contra o patrimônio envolvendo falsos consórcios. "Esta é a nossa oitava operação com o intuito de coibir este tipo de crime. A intenção é de cada vez mais identificar e punir esses grupos criminosos que atuam na capital paraense", destaca.

O grupo criminoso movimentou cerca de 40 milhões de reais entre os anos de 2020 a 2022, e agia em vários estados da Federação aplicando golpes. Eles utilizavam uma administradora de consórcio falso, ou seja, sem autorização do Banco Central, e sem seguir nenhuma das exigências previstas na Lei do Consórcio.

O delegado David Bahury, titular da DEOF, detalha que os criminosos utilizavam diversos nomes fantasia para a 'empresa', no intuito de fugir das autoridades.

"A associação criminosa se chamava 'Master de Consórcio" e, na capital paraense, a empresa utilizada no cometimento dos delitos já se chamou 'Império Consórcio', 'Lima Consórcios', 'Pará Consórcios', 'Nortecon', 'Grupo Prime' e 'Belém Empresarial'. Pelo que se investigou, a mudança constante dos nomes fantasia ocorreu no intuito de fugir das vítimas e das autoridades enquanto continuavam a aplicar os golpes", explica o delegado.

O golpe aplicado consiste em oferecer um veículo ou imóvel a preços mais acessíveis, abaixo do valor de mercado, e os estelionatários cobravam uma entrada com a proposta de entregar o bem após três ou quatro dias. Porém, após a assinatura do contrato, surgiam diversas desculpas para não fazer a entrega do bem.

"O suposto consórcio que as vítimas contratavam com os suspeitos era falso, ou seja, uma mera encenação para obter o ganho financeiro, já que sequer existe oficialmente, de forma que ainda que a vítima pagasse 100% do valor proposto pelo bem, nunca o receberia", ressalta Bahury.

Durante as incursões da polícia, foram apreendidos dois veículos, sendo um Range Rover Evoque, além de documentos, celulares, notebooks, dentre outros. Os presos foram encaminhados para os procedimentos necessários e ficarão à disposição do poder judiciário. As investigações seguem em andamento no intuito de identificar outros grupos criminosos que atuam aplicando os mesmos golpes.

O advogado criminalista Gustavo Costa, representa a defesa de Hilary, Antonio e Dolores. Quanto a Hilary, ele diz que a cliente era uma “uma mera funcionária dessa empresa de consórcio”. “Ela (Hilary) só formaliza os contratos e recebia comissão por isso. Ela, na verdade, trabalhava em uma empresa que não sabia que era fraudulenta. Também é uma vítima disso tudo”, diz Costa.

Com relação a Antonio e Dolores, Gustavo preferiu não entrar em detalhes sobre a relação dos dois nos crimes e alegou que ambos vão permanecer calados.

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