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Família de enfermeira encontrada morta em Ananindeua diz que mulher sofria agressões do ex-namorado

Em entrevista ao O Liberal, familiares relataram que Jamille de Paula Araújo teria receio de contar sobre as agressões à família

O Liberal
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A Polícia Civil continua as investigações sobre a morte da enfermeira Jamille de Paula Araújo, de 29 anos, ocorrida na última quarta-feira (30), em Ananindeua. As autoridades policiais buscam esclarecer se o caso se trata de um feminicídio ou se a mulher teria tirado a própria vida. Na tarde desta quinta-feira (31), familiares relataram ao O Liberal que recentemente souberam que Jamille contava aos amigos que era vítima de violência física e psicológica do ex-companheiro.

A familiar, que não quis se identificar, revelou que há cerca de uma semana os familiares de Jamille descobriram que ela era vítima de agressões, mas escondia por medo de ameaças que partiam do ex-companheiro. “A gente acabou descobrindo tarde demais os problemas que ela vinha enfrentando com ele, porque, por medo das ameaças, ela se calava. Ele ameaçava matar ela, matar a mãe e o pai dela, e outros familiares. Muitas vezes, ela se calou e não falou para a família", conta.

De acordo com o relato, foi apenas cerca de uma semana antes da morte que a família começou a ter ciência da gravidade da situação. “Eu soube há uns quatro dias. A irmã dela soube uma semana antes. As pessoas do trabalho e da faculdade dela que mandaram prints e contaram para a família, senão ninguém ia saber disso. A gente começou um trabalho para afastar ela dele, levar ela para viajar, tentar proteger. Ele já havia enforcado-a duas vezes a ponto de ela perder a consciência, quebrou o celular dela, impedia ela de sair de casa. A gente só teve ciência disso muito em cima”, disse.

“Levamos ela para passear, para se sentir querida, incluímos ela em tudo, mas não foi suficiente. A irmã dela até mandou mensagem dizendo que ela não precisava dele, mas a gente acredita até que era ele quem respondia as mensagens dela, não parecia o jeito dela de falar”, completou a familiar.

Esclarecimento

Segundo a familiar de Jamille, a família não está acusando ninguém. Mas busca que a verdade sobre o caso seja esclarecida, pois, para eles, a enfermeira não teria motivos para tirar a vida. “Só queremos saber a verdade. A gente não está falando que ele matou, mas a gente também acredita que ela não se matou. A gente conhece ela, sabia o jeito dela. Ela era uma pessoa feliz, querida, carinhosa. Ela era uma pessoa muito adorável, louca pelos pais, pela família. Ninguém consegue imaginar que ela tenha feito isso”, afirma.

Em nota sobre o caso, a Polícia Civil informou que apura as circunstâncias da morte e aguarda os laudos periciais solicitados. “Além disso, foi solicitado o acesso ao aparelho celular da vítima, que foi apreendido no local. A investigação segue com a oitiva de testemunhas indiretas que conheciam o casal, além de vizinhos dos apartamentos próximos, a fim de compreender o comportamento social da vítima e buscar detalhes que possam esclarecer o ocorrido. O companheiro da vítima, que encontrou o corpo, também irá prestar depoimento”, comunicou.

Despedida

O velório de Jamille ocorre em um espaço na Rua da Paz, no bairro do Mangueirão, na noite desta quinta-feira (31). O sepultamento será em um cemitério particular em Marituba, na tarde de sexta-feira.

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