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PF segue investigando a chegada de dezenas de haitianos hoje, em Belém

Somente após a conclusão dos procedimentos migratórios eles serão liberados para abrigos provisórios  

O Liberal

Um barco onde estavam 65 imigrantes haitianos foi detido, no final da manhã desta sexta-feira (17), no Porto Brilhante, no bairro da Cidade Velha, em Belém. Segundo informações do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o desembarque do grupo já estava sendo aguardado, pois a Capitania dos Portos havia emitido um alerta sobre a chegada da embarcação. Entre os haitianos, há famílias inteiras, algumas com crianças. 

Em nota, a Polícia Federal informou, nesta noite, que a demanda segue em andamento na sede da superintendência da PF, em Belém, e só após a finalização dos procedimentos migratórios, os haitianos seriam encaminhados para abrigos institucionais.

image Os imigrantes haitianos que conseguiram comprovar a situação legal no País foram ouvidos e liberados para seguir viagem. (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

A Polícia Federal informou que recebeu a ocorrência do suposto tráfico de pessoas em situação de vulnerabilidade, e na ocasião cerca de 65 haitianos foram encaminhados à sede da PF, para verificação de situação migratória. A PF acionou, para fins de apoio, o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Secretaria de Direitos Humanos do Pará (Sejud).  

"Essa averiguação está em andamento na sede da Superintendência da Polícia Federal no Estado do Pará, em Belém. Após a finalização dos procedimentos migratórios, serão disponibilizados aos haitianos abrigos providenciados pela ACNUR em cooperação com a Organização Internacional para Migrações (Local Igreja Assembleia de Deus). Além disso, considerando o cenário pandêmico, a Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa) dará apoio para fins de controle sanitário. Por fim, a Polícia Federal esclarece que estão sendo colhidas informações iniciais e que o fato será devidamente apurado em procedimento investigatório específico a fim de esclarecer a situação dos imigrantes", diz a nota da PF. 

Embarcação com haitianos é detida na Cidade Velha

ABORDAGEM NO PORTO NA CIDADE VELHA

Do porto, o grupo de estrangeiros foi conduzido em um ônibus da PM para a sede da Polícia Federal, na avenida Júlio César. De acordo com informações do 2º BPM, a embarcação teria saído de Macapá, no estado do Amapá, e Belém seria apenas um ponto de parada, de onde os haitianos seguiriam para outros destinos por via terrestre.

Um dos taxistas que faz ponto no Porto Brilhante informou que já tinha sido contratado para levar três dos imigrantes até o Terminal Rodoviário de Belém, em São Brás. As três pessoas, segundo o taxista, queriam seguir para Campo Grande, no interior de São Paulo.

Ainda, segundo o taxista, que não quis se identificar, todos os dias em diferentes portos de Belém chegam centenas de haitianos em diversas condições. “A gente não julga, porque sabe como está a crise lá para o país deles. E, aqui, tem muita gente que se aproveita do desespero deles”, denunciou o taxista, referindo-se aos chamados coiotes – pessoas que vendem travessias aos imigrantes por dezenas de milhares de dólares.

A equipe do 2º BPM informou à reportagem que, realmente, os haitianos estariam sendo recebidos, em Belém, pelos coiotes que fariam a distribuição deles a vários estados. Porém, segundo a polícia, uma agência de passagens que atua na capital, legalmente, não estaria satisfeita com o serviço prestado pelos coiotes e teria os acusado de boicote.

O grupo teria o total de 85 pessoas e foi acomodado no auditório da sede da Polícia Federal para que os agentes pudessem verificar a situação de cada um. Alguns foram ouvidos e liberados, após a checagem das informações repassadas por eles e dos documentos de permanência no país. Os que não conseguirem comprovar que estão no país em condição legal serão encaminhados a um abrigo no bairro do Tapanã, até que o destino deles seja definido. Procurada, a Polícia Federal disse que se manifestará em breve.

Na saída da sede da Polícia Federal, a reportagem tentou ouvir alguns haitianos que estavam sendo liberados. Mas eles não quiseram conceder entrevista. Uma família, formada por pai, mãe e duas crianças, em Espanhol, apenas disse que viajaria para São Paulo, onde tem parentes.

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