Dupla em moto aquática assalta casal em caiaque no mar; veja
Vítimas tiveram alianças avaliadas em R$ 17 mil roubadas e sofreram agressões
Um casal foi assaltado por uma dupla em moto aquática enquanto passeava de caiaque no mar de São Vicente, litoral de São Paulo, no último domingo (21). O crime, ocorrido a cerca de 100 metros da faixa de areia da Praia dos Milionários, resultou no roubo de alianças avaliadas em R$ 17 mil, além de agressões às vítimas.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram a abordagem dos criminosos dentro da água. Uma gravação feita por uma testemunha exibe diversas crianças brincando na beira do mar, enquanto o casal é atacado um pouco mais ao fundo.
Detalhes da abordagem e fuga dos assaltantes
Nas imagens, é possível observar que os criminosos ficaram alguns segundos em contato com o casal e pegaram os remos que eles usavam. Em seguida, um dos ladrões chegou a bater com o objeto na cabeça de uma das vítimas, conforme o registro.
O vídeo ainda mostra o momento em que a dupla se afasta do casal, levando os remos. Logo depois, os assaltantes abandonam os objetos no mar e aceleram a moto aquática, fugindo do local.
Relato da vítima sobre o assalto
Segundo informações apuradas, o casal reside na região e havia comprado o caiaque recentemente. A mulher, de 47 anos, que preferiu ter sua identidade preservada, contou que era a primeira vez dela na embarcação. Ela relatou que os criminosos se aproximaram com a moto aquática e deram uma "derrapada" para jogar água no caiaque.
Em seguida, a dupla pediu desculpas e gritou para outra moto aquática a frase: "é casal". Pouco depois, os suspeitos anunciaram o assalto, pedindo as alianças. "Começou a andar em círculo em volta da gente apavorando. Aí deu aquela desestabilizada", relembrou a mulher, acrescentando que o marido, de 53 anos, tentou argumentar com os criminosos, informando que eles eram moradores da cidade.
Porém, a dupla começou a perder a paciência. "Eles aproveitaram que o nosso remo caiu no mar e começaram a bater no meu marido", afirmou a mulher. Ela contou que ele ficou com ferimentos na perna e na cabeça. "Começaram a bater nas costas, na nuca, na cabeça. Eu fiquei em pânico porque eu falei assim: se ele desmaia aqui, morre afogado", completou.
A vítima ainda disse que, após as agressões, eles entregaram as alianças aos ladrões e a dupla fugiu rapidamente.
Impunidade e pedido por policiamento no mar
Após o crime, o casal recebeu ajuda de testemunhas. De acordo com a mulher, o marido saiu do mar tonto por conta das agressões, e ela procurou um policial que estava na base da Operação Verão para pedir apoio. Contudo, o agente teria dito que "não tinha o que fazer".
"Foi uma sensação horrível, de impunidade", afirmou a mulher. A vítima disse que também foi à delegacia, onde recebeu ajuda para registrar um boletim de ocorrência online. No entanto, ela pede mais atitude dos órgãos de segurança e políticos da região. "Precisa ter policiamento no mar", enfatizou.
O que diz a Polícia Militar
Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que, nos casos de infrações penais já consumadas e em que não se configure a situação de flagrante delito, a providência adequada consiste na formalização do respectivo registro de ocorrência junto ao Distrito Policial competente.
A PM acrescentou que "tal medida tem por finalidade subsidiar o planejamento das ações preventivas da Polícia Militar, bem como apoiar as atividades de polícia judiciária e investigativas desenvolvidas pela Polícia Civil".
Retorno da Prefeitura de São Vicente
Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou que a ocorrência foi atendida pela Polícia Militar. "Na noite deste domingo, a Capitania dos Portos com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) realizou uma fiscalização nas marinas da cidade, que estavam todas fechadas. Também foi verificado que nenhuma embarcação estava no mar", afirmou a prefeitura.
Segundo a administração municipal, ninguém foi preso até o momento. No entanto, a Guarda Civil Municipal (GCM) intensificará a fiscalização nesta segunda-feira (22).
Posição da Marinha do Brasil
Em nota, a Capitania dos Portos de São Paulo informou que não foi notificada oficialmente sobre o fato relatado. Segundo o órgão, a Marinha do Brasil, por meio da Capitania, realiza ações de inspeção naval, especialmente em Santos, São Vicente e Guarujá, "com foco na segurança da navegação, na salvaguarda da vida humana no mar e na prevenção da poluição hídrica, atuando dentro de suas atribuições legais, conforme a Lei 9.537/97 - Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (Lesta)".
De acordo com a Capitania, questões específicas relacionadas à segurança pública, como o caso em questão, são de competência dos órgãos de segurança pública, responsáveis pela apuração criminal e adoção das medidas cabíveis.
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