Duas ações de resgate em Americano acabam com um morto e 15 foragidos

Duas ações de resgate de presos efetuadas essa madrugadea, no Centro de Recuperação Penitenciário Pará I (CRPP 1), no Complexo de Americano, em Santa Izabel, acabou com um preso morto e 15 detentos foragidos contabilizados até agora. O custodiado morto, ainda não identificado oficialmente, foi atingido em uma das trocas de tiros ocorridas no local. A ação foi confirmada apenas esta manhã pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).  

Eram por volta das 00h20 desta terça (5) quando presos do pavilhão 5 pularam a muralha com o uso de "tereza" (corda feita com lençóis emendados, para escalar a muralha da unidade). Era a primeira investida de resgate, com apoio externo: disparos de arma de fogo eram feitos fora do presídio, próximo da guarita 07, localizada nos fundos da unidade prisional. 

Outra tentativa de resgate dos apenados do presídio de Americano foi feita logo a seguir, também no mesmo CRPP1, por volta de 1h45. Segundo a Susipe, a ação foi combatida mais uma vez pelo policiamento interno e pelas PMs de Castanhal, de Santa Izabel, com a ajuda de duas guarnições da Companhia de Operações Especiais (COE). Os policiais  revidaram contra o ataque da muralha da casa penal, enquanto uma guarnição da Ronda Ostensiva Táticas Metropolitana (Rotam) deu apoio pela rua Ferreira Pena.

Os presos, porém, fugiram pela guarita 8, enquanto o Batalhão de Polícia Penitenciária (BPOP) ocupava as guaritas 7 e 9. Segundo a Susipe, os PMs não conseguiam avançar em virtude do apoio externo. Na segunda ação, houve troca de tiros com aproximadamente três pontos de apoio externo - e possivelmente também apoio interno de apenados.

CONTAGEM AINDA É PRELIMINAR

Segundo a Susipe, essas informações, repassadas pelo Diretor de Administração Penitenciária da superintendência, que está no local desde a madrugada - e após buscas realizadas no entorno da unidade, até este momento -, ainda são preliminares.   

Agora pela manhã, os agentes da Susipe entrarão na unidade com a ajuda das guarnições, para fazer a contagem dos presos e verificar as condições internas do local. E somente após a conferência poderá precisar o quantitativo. A polícia segue com as investigação.