Criminosos se passam por pesquisador do Museu Emílio Goeldi e oferecem vagas de emprego
Supostas vagas seriam para vários concursos e vestibulares em todo o país
O pesquisador titular do Museu Paraense Emílio Goeldi, Alberto Akama, foi surpreendido, na manhã desta segunda-feira (20), ao descobrir que criminosos estão se utilizando de dados e informações acadêmicas dele para aplicar o golpe das supostas vagas de emprego temporário em vários concursos e vestibulares em todo o país.
Alberto conta que colegas de trabalho o alertaram da ação dos golpistas. “Criaram um e-mail falso com meu nome e encaminharam mensagens com 56 vagas para diversos cargos e pagamentos diários que variam de R$ 245,00 a R$ 980,00. Porém, cobram uma pequena taxa de cadastramento e a pessoa tem que depositar a quantia de R$ 200,00 para eles”, alertou o pesquisador.
O e-mail encaminhado pelos criminosos menciona, ainda, que o pagamento da taxa de cadastramento dá direito a uma carteirinha do Ministério da Educação (MEC), com a qual se pode participar de congressos, seminários e palestras.
Dentre as supostas vagas oferecidas, estavam oportunidades para os cargos de coordenação, supervisão e auxiliares. Segundo o e-mail dos criminosos, as pessoas seriam contratadas de imediato para atuar em várias capitais brasileiras, como Belém, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.
“É uma quadrilha especializada nesse tipo de golpe, desde 2016. Nesse ano, uma amiga minha passou por isso no Mato Grosso e agora eles chegaram aqui. Utilizaram informações minhas que estão no Escavador, também usaram a logomarca do museu”, alertou o pesquisador. Alberto afirma que já está tomando as providências necessárias e, até o momento, não tem conhecimento de pessoas que tenham sido vítimas dos golpistas.
Por meio de nota, o Museu Paraense Emílio Goeldi pediu que todos fiquem em alerta e evitem encaminhar ou responder aos e-mails oriundos do endereço “albertoakama1@gmail.com”. Através desse e-mail falso, como reforçou o comunicado da instituição, “o golpista divulga falsas vagas de emprego temporário que seriam disponibilizadas mediante pagamento de uma taxa. O golpe em questão utiliza informações da plataforma Lattes/CNPq/MCTI e do site Escavador sobre os pesquisadores para dar mais credibilidade ao e-mail que engana as pessoas em busca de emprego”.
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