Ciclista morre atropelado na BR-316

O ciclista Rosevaldo Ribeiro Rosa, de 48 anos, morreu atropelado no início da noite deste sábado (15). Foi atingido por um carro, no quilômetro oito da rodovia BR-316, sentido Ananindeua - Belém. Testemunhas apontam que ele atravessou a via por entre os carros e motos que passavam em velocidade mais alta. Um desses motoristas não conseguiu desviar e nem frear a tempo. Policiais militares e agentes do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA), que atenderam à ocorrência, se recusaram a dar informações.

Após o acidente, o motorista do carro chegou a parar e ver o que tinha ocorrido. Não saiu do veículo, possivelmente com medo de ser agredido. Ele, segundo o delegado Alenson Lameira, da Seccional de Ananindeua, foi quem acionou os órgãos de segurança — pelo telefone 190 — e o socorro médico — pelos telefones 192 (Samu) e 193 (Corpo de Bombeiros Militares). Em seguida, compareceu à unidade policial, espontaneamente.

No relato ao delegado Alenson, o motorista afirmou que estava na última faixa da esquerda da pista, destinada a veículos que vão desenvolver uma velocidade maior. Rosevaldo tentou cruzar a BR-316 de um lado a outro. Uma testemunha foi ouvida pela Polícia Civil e reforçou que o ciclista estava fazendo ziguezague por entre os veículos. Diante das circunstâncias, o motorista permanecerá em liberdade enquanto o inquérito prossegue.

O delegado destaca que esse trecho da BR-316 tem constantes acidentes envolvendo pedestres e ciclistas, que querem atravessar a via. Os pedestres ao menos têm a passarela, apesar de muitas vezes não usarem — por insegurança ou preguiça. Já os ciclistas carecem de espaços em toda a Região Metropolitana de Belém, só que perto do local do acidente, há um semáforo, onde a travessia poderia ser feita com maior segurança.

"Infelizmente, é comum para nós registrar acidentes, alguns fatais, nesse mesmo perímetro da BR-316. Semana passada tivemos um acidente fatal com um ciclista no mesmo trecho", pontuou o delegado. Quanto ao caso deste sábado, o delegado disse que não havia sinais de embriaguez no motorista. E o próprio condutor se prontificou a fazer todos os exames e foi encaminhado.

Peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves farão a perícia no corpo e no local, para compreender a dinâmica do acidente fatal. E se foi mesmo acidente.