Caso Paulo Guilherme: Participantes do linchamento de acusado poderão ser responsabilizados, diz PC
George Hamilton dos Santos Gonçalves foi espancado até a morte na noite de segunda-feira (27), poucas horas após o corpo da criança ser encontrado
As pessoas que participaram do linchamento de George Hamilton dos Santos Gonçalves, apontado por moradores como acusado da morte do menino Paulo Guilherme da Silva Guerra, de 6 anos, poderão ser responsabilizadas criminalmente, segundo informou o delegado Egídio Queiroz, da Divisão de Homicídios.
George foi espancado até a morte na noite de segunda-feira (27), poucas horas após o corpo da criança ser encontrado dentro de uma mala em frente ao Cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, em Belém. O delegado afirmou que o caso está sendo apurado e que as pessoas envolvidas no crime de linchamento serão identificadas.
“As pessoas que, porventura, participaram do linchamento, se forem descobertas, elas serão responsabilizadas e denunciadas pelo Ministério Público. Vão ser feitos os trabalhos aqui pela Divisão de Homicídios”, declarou Egídio.
Segundo a polícia, George morava a poucos metros da casa da vítima e tinha antecedentes por estupro de vulnerável. No entanto, até o momento, não há provas que confirmem seu envolvimento direto na morte do menino.
“No presente momento, nós não temos como afirmar que ele seja o acusado ou realmente a pessoa que cometeu o crime, porque a população acabou matando o rapaz. Foram feitas as perícias técnicas na casa dele e no local onde o corpo foi encontrado”, explicou o delegado.
O corpo de Paulo Guilherme foi localizado na tarde de segunda-feira, com as mãos amarradas, uma luva de boxe junto ao corpo e roupa diferente da que usava no momento do desaparecimento, ocorrido no domingo (26). O laudo pericial que deve indicar a causa da morte deve ser concluído em até dez dias, segundo a Polícia Científica do Pará.
Egídio informou ainda que nenhuma linha de investigação foi descartada e que a participação de outras pessoas no crime segue sob análise.
“Vamos seguir todas as linhas possíveis e ir descartando aos poucos até descobrir quem realmente foi o autor ou os coautores”, afirmou.
Os familiares da criança devem ser ouvidos nesta quarta-feira (29). A polícia também analisa vestígios recolhidos na cena do crime, como a luva e um fio de cabelo feminino encontrado na mala.
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