Cachorro baleado por suposto policial militar na Vila da Barca passa por cirurgia
Investigações seguem para confirmar se o tiro que fraturou a perna do cão partiu da arma de um policial militar

O cachorro Negão (ou Pepito), que foi baleado por um suposto policial militar na Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, passou por uma cirurgia. Por enquanto continua sob cuidados médicos. O caso ocorreu na segunda-feira (1º) e foi denunciado pela ONG de apoio a animais Au Family, que ajudou no resgate do cão após o ataque. O policial estaria de moto, em rondas na área, e atirou quando o bicho latiu para ele. O caso segue sendo investigado pelas polícias Civil e Militar para descobrir se realmente foi um PM e quem foi.
Pelo tiro recebido, a pata de Negão teve músculos e ligamentos rompidos, além do osso estilhaçado. O cachorro perdeu muito sangue e ainda não está afastado totalmente o risco de morte, ainda que o procedimento cirúrgico tenha dado certo e o animal esteja se recuperando sob efeito de analgésicos. Foram mais de quatro horas de trabalho médico, financiado, coletivamente, nas redes sociais digitais. A patinha teve de ser encurtada. Houve várias instabilidades de temperatura e pressão arterial, como relata Raquel Viana, responsável pela Au Family.
Nos perfis da ONG nas redes sociais, há cobrança por justiça e que mais esse policial militar, caso confirmado, seja responsabilizado por crimes contra animais. Assim como o PM que matou a tiros um cachorro no bairro da Pedreira, no final de dezembro de 2020, já foi devidamente responsabilizado. A Redação Integrada de O Liberal pediu informações à PM e à PC sobre as investigações do caso.
Em nota, a PM informou que "...em paralelo às investigações da Polícia Civil do Estado, o comando do Batalhão Águia permanece realizando diligências para verificar se, de fato, o autor dos disparos é um policial militar. Caso confirmado, será instaurado o devido Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias e a autoria do disparo". Também por nota, a PC disse que "A Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) teve conhecimento do caso por meio das redes sociais e segue investigando".
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