Caçadores mortos em reserva indígena: PF não fornece detalhes sobre as investigações
Instituição apenas disse, nesta terça-feira (3), que aguarda o resultado da perícia dos corpos
A Polícia Federal não forneceu detalhes sobre o andamento do processo que investiga a morte de três caçadores na reserva indígena Parakanã, em Novo Repartimento, na região sudeste do Pará. A instituição se limitou a informar, nesta terça-feira (3), que aguarda o resultado oficial da perícia dos corpos, através do laudo.
Os três caçadores saíram, juntos, na tarde de domingo, 24 de abril, para caçar na reserva indígena e não retornaram. Na segunda-feira (25), por conta própria, familiares foram até a área realizar buscas, mas somente encontraram as motocicletas e alguns pertences pessoais dos homens.
Diante da situação, os parentes e amigos dos caçadores interditaram a rodovia federal BR-230, mais conhecida como Transamazônica, para chamar a atenção das autoridades. Uma força-tarefa foi montada. Participaram a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Eletronorte, que mantém um projeto na localidade. A Polícia Civil do Pará (PCPA), dentro de suas atribuições, também deu apoio à operação.
No sábado, 30 de abril, os três corpos foram localizados enterrados em covas rasas, dentro da reserva indígena Parakanã, e encaminhados ao Instituto Médico Legal de Marabá. O velório e enterro ocorreram no domingo, 1º de maio.
Após a localização dos corpos, vídeos que seriam do momento em que os caçadores foram encontrados começaram a ser compartilhados nas redes sociais. As gravações sugeriam que os homens teriam sido queimados vivos e, em seguida, baleados. A reportagem apurou junto à Polícia Federal “que os vídeos que circulam nas redes sociais de homens sendo baleados e corpos queimados não se referem à situação de Novo Repartimento”, diz o comunicado enviado pela PF.
O advogado de defesa das famílias dos caçadores, Cândido Júnior, também negou a procedência do conteúdo. “São vídeos falsos que não têm nada a ver com os corpos dos caçadores e que, inclusive, acabam atrapalhando as investigações”, disse.
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