De moto, cabo do Exército avança sinal e morre atropelado por ônibus na Augusto Montenegro
Não houve colisão entre os veículos, jovem foi projetado da moto ao tentar frear e foi parar embaixo do coletivo
Um soldado do Exército Brasileiro, que fazia o curso de formação para cabo na Corporação, morreu atropelado, na noite desta quarta-feira (1º), em Belém. Thiago Ataide de Filho, de 20 anos, trafegava numa motocicleta, no sentido Belém-Icoaraci, quando avançou o sinal na altura do Km 1 da avenida Augusto Montenegro. Ele tentou frear e foi projetado pelo veículo, indo parar debaixo de um ônibus da linha Marambaia-Ver-o-Peso.
A câmera de um veículo, que seguia no momento exato do acidente, mostra que a vítima avançou o sinal vermelho e, ao perceber que seria atingida pelo ônibus e por um carro particular que fazia a conversão na via, tentou frear a motocicleta.
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Logo que freou, Thiago foi projetado e, sem conseguir controlar a velocidade do próprio corpo, dá uns passos em pé na pista, cai e vai parar embaixo do ônibus. As rodas traseiras passam por cima dele, matando-o instantaneamente.
Condição dos pneus da motocicleta levantou discussões
A condição do pneu traseiro da moto da vítima, visivelmente careca e com um grande rasgo/corte, gerou versões sobre a situação. Motoristas especularam que o pneu já deveria estar rasgado e para não sobrecarregar o pneu traseiro, a vítima estaria sentada mais para frente da moto, praticamente, em cima do tanque, o que teria facilitado a perda do controle da moto e a projeção dele.
Outras pessoas diziam também que ao frear e dar uma guinada na moto, para escapar do ônibus, o pneu pode ter estourado e isso também precipitou a queda do motoqueiro.
Avanço do sinal vermelho causou a morte, conclui a perícia criminal
A perícia criminal do Instituto Médico Legal (IML) analisou o local do acidente e assegurou que não houve colisão entre os veículos. O que provocou o acidente foi a ultrapassagem indevida do semáforo por parte do aluno cabo.
"A moto não colidiu contra o ônibus. O piloto da moto teve a compressão do tórax pelo rodado do ônibus, isso causa uma sufocação, além de todos os danos internos", informou uma perita do IML, que preferiu não ser identificada.
A perícia criminal informou que posteriormente faria a análise mecânica da moto para ter maiores subsídios sobre o ocorrido com o pneu.
Familiares acompanharam o trabalho da perícia criminal
Familiares da vítima, como um casal de irmãos de Thiago, e também a namorada dele, compareceram ao local e choraram bastante a morte do militar ao verem o corpo do jovem no meio da pista.
Soldados do Exército, colegas de turma da vítima no curso para cabo, foram chegando um a um e logo se tornaram um grupo, que em silêncio acompanhou o trabalho pericial até a remoção do corpo para o IML, na rodovia Transmangueirão, no bairro do Bengui.
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