Bombeiros encontram corpo de criança que desapareceu após cair em canal de Ananindeua
O menino havia desaparecido na tarde de terça-feira (20), quando caiu no rio atrás da casa onde morava

O Corpo de Bombeiros encontrou, no final da manhã desta quarta-feira (21), o corpo de Luis Guilherme Carvalho de Assunção, de 4 anos, que havia desaparecido após cair em um canal no conjunto Guajará II, em Ananindeua. O corpo estava preso em uma área de vegetação, a cerca de 600 metros do local onde inicialmente não foi mais vista, na tarde de terça-feira (20). Um efetivo de 15 bombeiros especializados atuou no isolamento da área e na procura pela criança.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o corpo da criança foi encontrado com o auxílio do cão farejador, por volta de 11h30 em uma área de difícil acesso, onde havia muitas plantas. Após o procedimento de resgate do corpo, os familiares foram acionados para realizarem o reconhecimento do menino. A área onde está a viatura dos Bombeiros, com o corpo do menino, foi isolada pela Polícia Militar, devido à grande quantidade de curiosos. Os agentes aguardam a Polícia Científica para remover o cadáver ao Instituto Médico Legal.
"O Corpo de Bombeiros Militar do Pará informa que, no final da manhã desta quarta-feira (21), a Luis foi encontrado no canal com o auxílio de cães farejadores. O corpo está no local aguardando a chegada da Polícia Científica", confirmou o CBM, em nota.
Em nota, a Polícia Científica do Pará informou que "o corpo de Luis Guilherme Carvalho de Assunção foi periciado e liberado para a família na tarde desta quarta-feira (21)". Já a Polícia Civil comunicou que o caso foi registrado na Seccional Urbana da Cidade Nova "como possível morte acidental".
Buscas
As buscas pelo menino foram retomadas nesta quarta-feira (21) pela equipe do Grupamento Marítimo Fluvial (GMAF) do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. Eles realizaram uma varredura, a pé, em toda a extensão do canal. Além disso, uma equipe com cães farejadores foi enviada para auxiliar nas buscas.
Segundo as informações das autoridades, no momento do desaparecimento do menino, o nível do igarapé estava alto devido à forte chuva que atingiu a região. Conforme o Sargento Roberto, que esteve à frente das buscas, a água do canal é turva e há muita vegetação ao redor, o que dificultou a procura. Além disso, muitas casas de madeira estão nas margens do canal, tendo a possibilidade de o corpo da criança estar preso abaixo dessas estruturas. Assim, foi solicitado o auxílio do cão farejador para dar apoio nas buscas.
Cão farejador
Em entrevista ao OLiberal, o tenente Victor Furtado, do Corpo de Bombeiros, comentou sobre os cães farejadores que foram acionados para auxiliar nas buscas. “Os cães foram essenciais. Eles conseguem ter um raio de percepção maior do que a gente. Tem uma sensibilidade sensorial muito mais apurada. Mas éimportante dizer que os cães usados nessas buscas não trabalham com peças de roupa. Eles identificam odores de decomposição, de pessoas mortas. Assim facilitam a localização em situações como essa em que o raio de busca é grande”, explicou o tenente Victor Furtado.
O bombeiro militar também esclareceu sobre o uso de equipamentos de proteção. “A gente usa uma roupa específica chamada jardineira, que nos protege do contato com agentes biológicos presentes na água. No momento da queda na água e das buscas também, a correnteza era forte o suficiente para arrastar uma criança pequena”, disse.
Desaparecimento
O bombeiro detalhou como ocorreu o desaparecimento, na tarde de terça-feira (20). “Quando nós chegamos ao local, a mãe do menino falou que a criança subiu na cadeira que ficava em cima de uma janela improvisada. Ela só ouviu o barulho da água e não viu mais a criança. O canal ficava nos fundos da casa da família. O pai foi atrás para tentar achar e não conseguiu”, relatou Victor Furtado. A criança, segundo informações repassadas pela família, estava apenas de cueca no momento em que desapareceu.
Victor Furtado destacou o intenso trabalho da corporação na tentativa de localizar Luis. “Fizemos a busca ontem à tarde até umas 20h e, de madrugada, também, até umas duas ou três horas. Voltamos às seis horas da manhã e seguimos até agora. Na busca, foi feita uma varredura no córrego, e também analisamos imagens da área”, explicou o tenente. Segundo Furtado, o cenário do desaparecimento foi desafiador. “É um local de esgoto, com muitos galhos, animais peçonhentos e de difícil acesso por causa da mata. E a área é muito extensa”, encerrou.
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