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Autoridades femininas do Pará repudiam caso de mulher agredida por namorado em elevador

Ministério Público do Pará reforça a importância da denúncia

O Liberal

O caso da mulher que foi agredida com mais de 60 socos pelo namorado em um elevador de Natal, no Rio Grande do Norte, teve grande repercussão e gerou indignação em centenas de pessoas. No Pará, nesta terça-feira (29), autoridades femininas repudiaram o crime e prestaram solidariedade à vítima, reforçando que a denúncia é um importante ato para frear a violência contra as mulheres no estado e no país.

A vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, usou as redes sociais para alertar que todas as mulheres têm o direito de serem respeitadas e devem procurar as autoridades policiais para serem ajudadas. “Nenhuma mulher merece ser agredida. Todas nós temos o direito de viver em paz. A cena brutal de violência doméstica flagrada pela câmera de um elevador em Natal embrulha o estômago e revela o quanto ainda temos que evoluir como sociedade”, iniciou.

“Aqui no Pará, nós criamos os totens de atendimento à mulher, que estão sendo instalados em hospitais e nas Usinas da Paz. Para que as paraenses tenham um canal seguro de denúncia e acolhimento contra a violência. Expresso minha solidariedade a essa mulher e a todas as que sofreram ou ainda sofrem com este tipo de crime”, destacou Hana Ghassan.

Silenciamento

A deputada federal Renilce Nicodemos também compartilhou o sentimento de revolta pelo caso de agressão à mulher no RN. “Parem agora. Nós estamos de pé e não vamos mais aceitar calados. Parem de nos matar, de destruir vidas e de calar vozes. Parem de ensanguentar o corpo e a alma das mulheres. Eu falo com o coração em pedaços e com o sangue fervendo de revolta”, disse.

“Cada um dos 60 socos não foi só contra o rosto da vítima, foi contra todas nós, contra o direito de existir, de amar e de viver em paz. Essa mulher teve o rosto desfigurado. Isso é crime. A Justiça prendeu o agressor e que ele pague pelo que fez. Mas não podemos mais reagir depois do sangue derramado, temos que agir antes. Denunciar, proteger, amparar. O silêncio é cúmplice da violência. Quem estiver passando por essa situação, ligue 180. Ou para a polícia militar, pelo 190. Ligue para a Polícia Civil, pelo 181. Não espere o próximo soco ou virar estatística. A sua vida importa”, frisou Renilce Nicodemos.

Crime

Também pelas redes sociais, a secretária de Cultura do Pará, Úrsula Vidal, destacou os números sobre casos de violência contra a mulher no país. Ela indagou sobre a situação em que a vítima ficará após esse episódio brutal.

“Aconteceu hoje em Natal. Dentro de um elevador. O agressor era o namorado. As imagens são chocantes. A vítima teve o rosto estraçalhado. Mais de 1.492 mulheres não sobreviveram no ano passado. 3.870 conseguiram escapar do feminicídio. Mas como ficam estes corpos, estas vidas depois de tanta violência?! Os estupros continuam crescendo no Brasil; o feminicídio também. Não estamos seguras…”, lamentou.

Denúncia

O Ministério Público do Pará (MPPA) usou as redes sociais para reforçar a importância da denúncia em todos os casos de agressões contra a mulher. “Todos os dias, milhares de mulheres sofrem violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. Muitas vezes dentro de casa. Muitas vezes, por quem diz amar, às vezes, dentro do elevador. A violência contra a mulher não tem desculpa, não tem justificativa. A culpa nunca é da vítima! Se você sofre ou presenciou qualquer tipo de violência contra uma mulher, denuncie! Disque 100!”, orientou o MPPA.

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